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Justiça
Postada em 16/12/2015 15:15 | Atualizada em 16/12/2015 17:21 | Por Todo Segundo

Ex-PM acusado de matar pai de cantor nega participação no crime

Lima Filho disse que estava trabalhando no dia do crime e afirmou está sendo perseguido pela justiça
Ex-PM acusado de matar pai de cantor nega participação no crime - Foto: Todo Segundo
Do Todo Segundo

O ex-policial militar, Manoel Bernardo de Lima Filho, acusado de matar José Cardoso de Albuquerque, pai do cantor forrozeiro Geraldo Cardoso, negou participação no crime durante julgamento na tarde desta quarta-feira (16), na cidade de Palmeira dos Índios.

No interrogatório, Lima Filho disse ser inocente, pois estava trabalhando no dia do crime. “Estou estou sendo perseguida pela justiça, estou aqui como "Bode Expiatório", pois não tenho participação nenhuma, neste homicídio”, negou.

O júri popular do ex-policial militar, começou por volta das 12h50, na sede do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), localizado no bairro Paraíso. A juíza Luana Freitas preside a sessão. A acusação é feita pelo promotor Fábio Vasconcelos, com assistência do advogado Thiago Pinheiro.

Familiares da vítima vestem camisas com mensagens de pedidos de justiça. O julgamento deve terminar no fim da tarde desta quarta.



Lima Filho é o único acusado a sentar no banco dos réus, devido ao falecimento de outros envolvidos no crime, entre eles o delegado Ricardo Lessa. O ex-policial foi preso em 2008, em São Paulo, e já havia sido condenado por outros homicídios, além de ser apontado como integrante de um grupo de extermínio.

O Ministério Público requisitou auxílio da 17ª Vara Criminal para o caso, em razão dos indícios de que se tratava de uma organização criminosa. De acordo com os autos, os autores intelectuais do crime, revelados após a prisão do réu, seriam o ex-prefeito de Quebrangulo Frederico Maia Filho, o “Mainha” e sua esposa Cleusa.

O crime
José Cardoso de Albuquerque, pai do cantor Geraldo Cardoso, foi assassinado com vários disparos de metralhadora e revolver calibre 38, em 27 de setembro de 1989, no interior de uma casa comercial, Bilá Auto Peças, no município de Palmeira dos Índios.
 
O ex-policial Manoel Bernardo de Lima Filho, pertencia, supostamente, a um grupo de extermínio responsável por crimes de pistolagem, liderado pelo delegado Ricardo Lessa, já falecido, e que naquele período seria rival da “gangue fardada”, comandada pelo ex-tenente Cavalcante.

Ao chegar em um posto de combustíveis em Palmeira dos Índios, a vítima foi chamada pelo Sargento Góes para ir até a delegacia, onde encontrou os delegados Eduardo Mala e Ricardo Lessa.

Ao tomar conhecimento que iria ser deslocado para o município de Viçosa, ocasião em que Lessa teria dito que o mataria no meio da estrada, José Cardoso tentou fugir entrando na loja de auto peças, da qual era cliente, pedindo socorro e gritando que queriam lhe matar. Como não havia saída pelos fundos, ele foi acuado e morto sem chances de defesa.
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