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Justiça
Postada em 23/05/2018 17:22 | Por Redação com Ascom

Acusada nega morte, mas assume culpa no “caso Franciellen”

Vanessa Ingrid Souza, negou a autoria do crime, mas assumiu ter participado da tortura em depoimento na tarde desta quarta-feira
Acusada da morte de Franciellen - Foto: Ascom TJ/AL

Uma das acusadas pelo crime de franciellen Araújo, Vanessa Ingrid Souza, negou a autoria do crime, mas assumiu ter participado da tortura em depoimento na tarde desta quarta-feira (23), no Fórum do Barro Duro, em Maceió.

"Eu não pedi para matar. Esse tempo todo eu vinha omitindo muita coisa, mas hoje decidi falar a verdade. Tenho noção da barbaridade do crime. Eu era muito fraca. Fui com o Thiago ao posto de gasolina. A gente sabia o que estava fazendo", afirmou em depoimento, classificando Thiago Handerson Oliveira Santos - que também responde pelo crime - como o mais agressivo entre os réus. Inclusive o acusou de ter acendido o fósforo e colocado fogo no corpo da vítima.

Ao juiz Geraldo Amorim, que preside o julgamento, Vanessa contou que todos os acusados do crime assistiram a Franciellen em chamas e nada fizeram. "Ela correu de braços abertos em chamas", afirmou, destacando que não pediu que a matassem e nem acendeu o fósforo.

Os réus Vanessa Ingrid da Luz Souza, Thiago Handerson Oliveira Santos, Saulo José Pacheco de Araújo e Victor Uchôa Cavalcanti são acusados de torturar e queimar a vítima, levando-a à morte. A outra ré do processo, Nayara da Silva, é acusada apenas do crime de tortura.

“Vamos lutar para que sejam todos condenados dentro dos crimes que lhes foram atribuídos. Os que tiveram participação no homicídio podem pegar mais de 20 anos. No caso da ré acusada de tortura, a condenação pode chegar a 8 anos”, explicou o promotor de Justiça José Antônio Malta Marques.

O caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP/AL), Franciellen Araújo Rocha, de 18 anos, foi convidada para uma festa em um apartamento no bairro Cruz das Almas, em Maceió. No local, ela foi torturada em uma sessão de espancamento que durou horas. A vítima, ainda segundo o MP/AL, teve os cabelos cortados e as sobrancelhas raspadas.

Após a tortura e ainda com vida, Franciellen foi levada em um carro para uma localidade deserta nos arredores do bairro da Serraria, onde teve o corpo queimado, vindo a falecer.

O crime teria sido planejado por Vanessa Ingrid, que estaria com ciúme do suposto envolvimento da vítima com seu namorado.

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