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Postada em 18/12/2016 20:06 | Por Todo Segundo

Piloto de avião da Chapecoense não tinha horas de voo necessárias para voar

Miguel Quiroga, que morreu no acidente com 71 vítimas fatais, teria fraudado documentação
Piloto de avião da Chapecoense não tinha horas de voo necessárias para voar - Foto: Divulgação
Omar Durán, advogado da família do copiloto do avião da Chapecoense, Fernando Goytia, morto no acidente que matou 71 pessoas e deixou seis feridos no final de novembro, afirmou na última sexta-feira (16) à ABI (Agência Boliviana de Informação) que o piloto da aeronave, Miguel Quiroga, também morto, não teria as horas de voo necessárias.

Durán, que também é jurista no país, disse que Quiroga teria fraudado a documentação para se habilitar a comandar aeronaves em voos comerciais.

— Fazendo algumas investigações de momento, evidenciamos, e esperamos que a fiscalização oficial possa cruzar a informação, que o piloto, o tenente Quiroga, não cumpria com a quantidade de horas de voo que se estabelecem. Parece que no ano de 2013 ele mandou uma informação falsa, e ainda que seja necessário verificar, não tem horas de voo suficientes e não se habilita como piloto.

Segundo o advogado, o que mais chama a atenção é que seu cliente, o copiloto Goytia, tinha mais experiência, mas não estava no comando da aeronave no voo da Lamia, especialmente para equipes de futebol, entre eles a Chapecoense.

— Goytia era empregado da empresa, muito meticuloso, sabia muito bem de aviões, enqautno Quiroga não tinha muita experiência.

O advogado também revelou que na lista inicial do plano de voo do dia 28 de novembro que terminou na tragédia não estava incluído o nome do copiloto, mas do outro sócio da empresa Lamia, Marco Rocha.

Durán explicou ainda que a troca ocorreu no último momento e que, no final, o copiloto foi chamado para fazer parte do voo, algo que era corriqueiro. Segundo o advogado, raramente Quiroga e Rocha voavam juntos.

O jurista reconheceu que o copiloto sabia dessas irregularidades, mas, como era um empregado da empresa, preferiu ficar em silêncio porque não lhe deram seus benefícios pelo trabalho na Força Aérea Boliviana, onde prestou serviços por 15 anos e correspondia a dois anos de licença com pagamento de salário.
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