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Postada em 16/10/2025 07:22 | Atualizada em 16/10/2025 08:17 | Por Todo Segundo

Fraudes fiscais e uso de “laranjas”: Gaesf realiza operação em Maceió e Arapiraca

Mandados foram cumpridos nos dois municípios; prejuízo ao Estado ultrapassa R$ 16 milhões
Gaesf executa 13 mandados em Maceió e Arapiraca em investigação de crimes fiscais - Foto: MPE/AL

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), deflagrou, nesta quinta-feira (16), a Operação Ceres, que tem como objetivo desarticular uma suposta organização criminosa especializada em falsificação de documentos, fraudes fiscais e societárias.

Ao todo, estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão — oito em endereços de pessoas físicas e cinco de pessoas jurídicas — expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, nas cidades de Maceió e Arapiraca.

As investigações tiveram início após a Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz/AL) identificar indícios de crimes contra a ordem tributária, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. A partir dessas informações, o Gaesf solicitou ao Judiciário o cumprimento dos mandados e outras medidas judiciais.

Durante a apuração, o MP constatou que integrantes dos quadros societários das empresas envolvidas não possuíam capacidade financeira compatível com os altos valores movimentados, o que já apontava para fraudes fiscais estruturadas.

Segundo o MPAL, o grupo utilizava empresas atacadistas de alimentos registradas em nome de “laranjas”, responsáveis pela comercialização de produtos alimentícios, principalmente farinha de trigo, sem o recolhimento dos impostos devidos.

Para dar aparência de legalidade às operações, os investigados contavam com o auxílio de profissionais de contabilidade especializados em fraudes fiscais, que manipulavam documentos e registros societários.

Essas empresas já acumulam dívidas ativas que somam R$ 3.451.200,22 (três milhões, quatrocentos e cinquenta e um mil, duzentos reais e vinte e dois centavos). Além disso, há dívidas administrativas que ultrapassam R$ 16 milhões, valor que representa o prejuízo estimado ao erário alagoano.

A Operação Ceres contou com a participação de diversas instituições públicas, entre elas o MPAL, a Sefaz/AL, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/AL), além da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Científica.

As equipes continuam em campo cumprindo diligências e analisando o material apreendido, que poderá ajudar a identificar outros envolvidos e ramificações do esquema criminoso.

O nome “Ceres” faz referência à deusa romana da agricultura, protetora das colheitas e dos cereais — uma alusão ao trigo, principal produto comercializado nas operações fraudulentas investigadas.

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