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Polícia
Postada em 06/05/2025 19:03 | Atualizada em 06/05/2025 19:18 | Por Todo Segundo

Caso Gabriel Lincoln: militares que atuaram em abordagem são afastados das ruas

Comandante da Polícia Militar confirma que agentes cumprem agora funções administrativas
Comandante-geral da PM, coronel Paulo Amorim, se reúne com familiares de Gabriel Lincoln - Foto: SSP/AL

Os policiais militares envolvidos na ação que resultou na morte do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, em Palmeira dos Índios, foram oficialmente afastados das atividades de patrulhamento e passaram a exercer apenas funções administrativas. A informação foi confirmada nesta terça-feira (6), pelo comandante-geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Paulo Amorim, após reunião com familiares do jovem na sede da corporação, em Maceió.

A medida, segundo o comandante, tem caráter preventivo e visa garantir a transparência durante a apuração do caso, que está sendo conduzida pela Polícia Civil com o acompanhamento da Corregedoria da PM e do Ministério Público. “Nenhum dos militares envolvidos está mais em atividade de patrulhamento. Estão afastados da linha de frente até que os fatos sejam esclarecidos”, afirmou.

Gabriel Lincoln foi morto na noite do último sábado (3), durante uma perseguição policial no bairro Vila Maria. Segundo a versão da Polícia Militar, o adolescente teria desobedecido a uma ordem de parada após ser visto fazendo manobras perigosas com uma motocicleta. Ainda de acordo com os policiais, ele teria sacado um revólver calibre .38 e efetuado disparos, sendo atingido no revide. O jovem foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu.

No local da ocorrência, a PM informou ter apreendido uma arma contendo cinco munições intactas e uma deflagrada. No entanto, essa versão é veementemente contestada pelos familiares de Gabriel, que negam que ele estivesse armado ou que tenha agido de forma agressiva.

Investigação reforçada

A repercussão do caso fez com que a cúpula da segurança pública reforçasse a estrutura da investigação. Conforme apurado com exclusividade pelo Portal Todo Segundo, dois delegados serão designados para atuar junto ao delegado de homicídios de Palmeira dos Índios, que já está à frente do inquérito. A ampliação da equipe visa reforçar a condução da investigação e garantir um olhar técnico e minucioso sobre o caso, dada sua complexidade e repercussão social.

O afastamento dos militares é visto como a primeira resposta institucional diante da pressão por justiça e transparência.

Além do inquérito policial, o Ministério Público acompanha o caso. As perícias técnicas, como a análise balística, o laudo cadavérico e os exames na suposta arma encontrada com o jovem, serão determinantes para esclarecer os fatos.

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