Da Agência Alagoas

Os quilombolas da comunidade Tabacaria em Palmeira dos Índios serão contemplados com curso de capacitação técnica do Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Emprego (Sete).

O termo de cooperação foi assinado nesta sexta-feira (13), na comunidade Tabacaria, durante a solenidade de entrega das primeiras casas, de um total de 50, que estão sendo construídas na localidade numa parceria entre Caixa Econômica Federal e Instituto Habitar.

Após assinar o documento, o secretário do Trabalho, Sérgio Figueiredo, destacou que o que completa a cidadania de uma pessoa é ter um endereço onde possa retornar após um dia de luta e o trabalho que gere renda para o sustento da família.

“As casas já estão sendo transferidas e a geração de renda é a próxima etapa a ser conquistada. Com apoio do Governo de Alagoas, que, sem dúvida, não medirá esforços para ofertar os serviços das secretarias, iremos transformar para melhor a realidade dessas pessoas”, declarou Sérgio Figueiredo.

O curso de capacitação deverá levar em consideração o potencial produtivo da própria comunidade quilombola, seja na agricultura sustentável, seja na arte de corte e costura, por exemplo, a qual muitas mulheres demonstram habilidade.

“Os técnicos da Secretaria do Trabalho vão realizar uma análise de campo, levantar as prováveis aptidões dos moradores no intuito de definir a capacitação apropriada para a comunidade gerar renda para todas as famílias do quilombo”, afirmou o titular da pasta do trabalho.

Casas
Após 12 anos, as primeiras sete famílias receberam as chaves das casas de alvenaria construídas na comunidade Tabacaria. Até março, outras 43 da primeira etapa do convênio federal deverão ser entregues, de acordo com a consultora do Instituto Habitar, Maria José da Silva.

“Os moradores viviam em barracos improvisados de lona e taipa, correndo riscos de inverno a verão. Depois de muita luta, estamos conseguindo entregar as primeiras unidades prontas. Agora é correr para finalizar as demais até o final de março e iniciar outra batalha para a segunda fase que totaliza 39 casas. Nosso objetivo é contemplar todas as 89 famílias quilombolas residentes na comunidade Tabacaria”, explicou Maria José.