Do Todo Segundo

Médicos que atendem a população na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Palmeira dos Índios estão sem receber os salários. Por esta razão eles decidiram entrar em greve nesta terça-feira (20) e apenas 30% do atendimento está funcionando. O fato já havia sido noticiando pelo Todo Segundo na semana passada.

Diante dessa realidade a unidade de saúde somente está realizando atendimento de vítimas socorridas pelo Corpo de Bombeiros e por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). As alterações implantadas na UPA pegaram a população de surpresa que só tive ciência do descaso no momento do atendimento.

De acordo com informações chegadas com exclusividades ao Portal Todo Segundo, o município não estaria fazendo a transferência no valor acordado pactuado para a manutenção da unidade e a dívida ultrapassa R$ 3 milhões. Segundo a fonte, o fato já foi denunciado ao Ministério Publico de Alagoas (MPE/AL).

Inaugurada em abril de 2014, a UPA de Palmeira dos Índios veio com a expectativa de ampliar o serviço de atendimento médico hospitalar de urgência e emergência no município. No entanto, a unidade de saúde se tornou motivo de problemas para os gestores municipais e transtornos para o palmeirense.

O paciente para ser atendido na UPA, precisa apresentar algumas especificidades que orientam a prioridade médica, que antes eram três: verde, amarela e vermelha. Com a atual realidade na UPA, agora somente as duas últimas permanecem e os demais pacientes ficam sem poder receber atendimento de saúde.

O vermelho indica emergência, caso gravíssimo, com necessidade de atendimento imediato e risco de morte. Já o amarelo significa urgente para casos de gravidade moderada, mas sem risco imediato. Uma grande parcela da população acaba buscando atendimento na UPA sem atender os novos requisitos.

A UPA de Palmeira dos Índios é administrada pelo Instituto Pernambucano de Assistência a Saúde (IPAS), e mantida com recursos das três esferas de governo, sendo necessário um custeio de mais ou menos R$ 400 mil mensais. O custeio é dividido em 50% para o Ministério da Saúde, 25% para o Estado e 25% para o Município.