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Postada em 06/04/2018 23:27 | Por Todo Segundo

Negociações avançam, e Lula pode ser preso neste sábado (7)

Outra alternativa é que o ex-presidente seja levado para carceragem da Superintendência da PF na segunda
Negociações avançam, e Lula pode ser preso neste sábado (7) - Foto: Divulgação
As negociações sobre a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avançam a cada hora. No fim da noite desta sexta-feira, um acordo firmado entre a defesa do petista e a Polícia Federal indicava a possibilidade de o ex-presidente ser preso logo depois da missa em homenagem à dona Marisa Letícia, marcada para 9h30 deste sábado. As tratativas, no entanto, não descartam uma outra alternativa que vinha sendo discutida ao longo da noite, de Lula permanecer em São Bernardo até segunda-feira, quando então o líder petista seria preso.

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O combinado, até a noite desta sexta, previa que o ex-presidente seria preso depois de discursar na própria sede do Sindicato dos Metalúrgicos, onde acontecerá a missa. A opção foi compartilhada por aliados e pessoas próximas do ex-presidente.

Ainda assim, uma nova reunião com advogados foi marcada para as 8h deste sábado, para definir a logística da opção e definir se é possível que a busca ocorra na própria sede do sindicato, como desde o início deseja o ex-presidente.

Os advogados do ex-presidente queriam que os agentes da PF fossem buscá-lo na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, mas a instituição considera que há risco na ação, devido à presença de militantes petistas. Neste contexto e diante do horário, eles passaram a discutir a possibilidade de a prisão ficar para segunda-feira.

Lula deve ser levado até o aeroporto de helicóptero ou carro discreto da própria PF. Voará até o Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. De lá, seguirá de helicóptero para a carceragem da Superintendência da Polícia Federal, na capital do Paraná.

Na tarde desta sexta-feira, os dois lados distencionaram: Moro optou por não decretar prisão preventiva de Lula depois de 17h, horário em que ele deveria ter se entregue à PF em Curitiba. Lula, por sua vez, evitou discursar e inflamar a multidão que se reuniu em solidariedade a ele em São Bernardo do Campo.

Segundo integrantes da negociação, Lula tem atuado para reduzir a expectativa e “baixar a temperatura” de quem deseja que ele se “encastele” no sindicato e resista à prisão, discurso que foi adotado à tarde pelos movimentos sociais que o apoiam.

Lula aceita ser preso, mas ainda não concorda com a ideia de apresentação discreta à polícia.

O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo fez o primeiro contato de negociação, mas neste momento há três interlocutores do ex-presidente na sede da Polícia Federal em São Paulo. Cardozo está agora no sindicato, acompanhando à distância.

A defesa do ex-presidente Lula se dividiu em grupos que estão no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em Curitiba e na sede da PF em São Paulo.

Dezenas de advogados e professores de direito de universidades como Unb, UFRJ e da USP ocupam duas salas da diretoria do sindicato dos metalúrgicos, de onde acompanham e assessoram na negociação conduzida pelos interlocutores do ex-presidente.

Do Jornal O Globo
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