O 57th Grammy Awards seguiu o clima de autocelebração da indústria musical com aquela velha mensagem “está tudo bem com a gente / obrigado pela sua atenção / tenha um bom divertimento”. A escolha dos vencedores segue alguma nova estratégia de aquecimento do mercado para os próximos meses (tipo, quem aí nunca ouviu falar no grande vencedor da noite, o britânico Sam Smith?).

Mas é nessa hora que entramos em um dilema; existe o claro objetivo em vender discos, que agrada tanto a indústria quanto artistas mais tradicionais. Essa bola ficou evidente nas palavras de Prince antes de entregar o prêmio de Disco do Ano para o Beck (que encarnou a “surpresa alternativa” já esperada do ano). Ele disse: “discos são importantes, como livros e vidas negras”. Por ele e outros o Grammy é importante. Só basta sentir qual será o efeito de seus vencedores nos próximos meses…

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