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Alagoas
Postada em 29/11/2015 09:00 | Por Todo Segundo

Pacientes alcoolizados dificultam trabalho médico da UE do Agreste

Das 874 vítimas resgatadas pelo Samu e encaminhadas para a unidade, 215 estavam embriagadas
Pacientes alcoolizados dificultam trabalho médico da UE do Agreste - Foto: Divulgação
De acordo com estatísticas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Arapiraca, que atende a 56 municípios do Agreste e Sertão, de todos os pacientes que dão entrada na Unidade de Emergência Daniel Houly (UEDH) vítimas de acidentes de trânsito, pelo menos 20% apresentam estado de embriaguez.

Somente no ano passado, dos 2.398 pacientes atendidos após envolvimento em acidentes de trânsito, 424 estavam alcoolizados, número que representa 17,68% do total dos casos.

As quedas de motocicleta, tipo de acidente bastante comum na região, foi o caso que estreitou ainda mais a diferença deste comparativo. Das 874 vítimas resgatadas pelo Samu e encaminhadas para a UEDH, 215 estavam alcoolizadas, elevando o índice para 24,59% do total.

Nas ocorrências envolvendo colisões contra objetos fixos (estacas, postes, etc) o número sobe ainda mais. Dos 85 pacientes atendidos no ano passado, 36 estavam sob efeito de álcool, ou seja, um percentual de 42,35% do total.

Consequências
O paciente alcoolizado que chega à Unidade de Emergência do Agreste necessita de cuidados especiais, uma vez que o estado físico altera muito o seu nível de consciência. Na região ocorrem inúmeros traumatismos cranianos, principalmente por conta de acidentes com motos.

De acordo com o cirurgião geral Jean Rafael dos Santos Rodrigues, os pacientes, em sua maioria, apresentam rebaixamento do nível de consciência que provoca um quadro de broncoaspiração, podendo resultar em complicações posteriores como pneumonias, laringites e outros problemas de saúde.

Quando há indicação de cirurgia, o exame clínico fica complicado por conta da presença de álcool no organismo e leva a necessidade de mais recursos de imagens e exames para poder ter as indicações cirúrgicas, uma vez que o rebaixamento do nível de consciência dificulta a realização dos procedimentos pré-cirúrgicos.

“A ingestão de álcool em grande quantidade não somente motiva os acidentes de trânsito e outros tipos, como também dificulta a recuperação da vítima”, alertou o cirurgião.

Outra problemática enfrentada pelo hospital com esse tipo de paciente são as alterações comportamentais. Muitos deles chegam em estado de agitação, entrando em conflito com servidores e gerando desordem dentro do ambiente hospitalar, em alguns casos sendo agressivos e não respeitando as normas hospitalares, causando transtornos até nos atendimentos dos demais pacientes.

Agência Alagoas
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