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Alagoas
Postada em 03/07/2025 18:58 | Atualizada em 04/07/2025 00:25 | Por Todo Segundo

Ministério da Agricultura apura mortes de equinos em Alagoas

Pelo menos 65 animais morreram no estado após consumirem ração da empresa Nutratta
Alagoas registra 65 mortes de cavalos e jumentos após uso de ração contaminada - Foto: Reprodução

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) intensifica as investigações sobre a morte de equinos — entre eles cavalos, zebras, jumentos e burros — que ingeriram rações produzidas pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda. Em Alagoas, já foram contabilizados 65 óbitos confirmados, números que somam-se aos registrados em outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

A denúncia chegou ao Mapa por meio da Ouvidoria no dia 26 de maio deste ano, quando começaram as primeiras apurações sobre casos de adoecimento e mortes suspeitas ligadas ao consumo das rações da Nutratta. A fiscalização federal encontrou indícios de irregularidades durante inspeções nas unidades produtivas, o que levou à suspensão cautelar da fabricação de todos os lotes da empresa.

O Estado de Alagoas figura entre os mais afetados pela crise, com 65 mortes de equinos já confirmadas. Produtores rurais e criadores locais relatam preocupações e prejuízos econômicos, diante da dificuldade de detectar rapidamente os sintomas apresentados pelos animais.

De acordo com o Mapa, a intoxicação provoca inicialmente insuficiência hepática, com uma evolução clínica que pode parecer lenta, mas culmina em um quadro grave e morte repentina dos equinos, mesmo após a suspensão do uso da ração contaminada.

Além de Alagoas, foram contabilizados 83 óbitos em São Paulo, 69 no Rio de Janeiro, 4 em Goiás e 1 em Minas Gerais. Novas informações indicam ainda mortes nos municípios de Goiânia (GO), Jarinu e Santo Antônio do Pinhal (SP), Uberlândia, Guaranésia, Jequeri e Mariana (MG), e no sudoeste da Bahia, ampliando a abrangência do problema.

Até o momento, o Ministério da Agricultura proibiu a comercialização de quaisquer produtos fabricados pela Nutratta e aguarda decisão judicial sobre o pedido de mandado de segurança feito pela empresa, que contesta a suspensão.

O Todo Segundo tentou contato com a Nutratta Nutrição Animal Ltda para obter esclarecimentos sobre a situação, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço permanece aberto para que a empresa possa se manifestar.

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