O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) intensifica as investigações sobre a morte de equinos — entre eles cavalos, zebras, jumentos e burros — que ingeriram rações produzidas pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda. Em Alagoas, já foram contabilizados 65 óbitos confirmados, números que somam-se aos registrados em outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.
A denúncia chegou ao Mapa por meio da Ouvidoria no dia 26 de maio deste ano, quando começaram as primeiras apurações sobre casos de adoecimento e mortes suspeitas ligadas ao consumo das rações da Nutratta. A fiscalização federal encontrou indícios de irregularidades durante inspeções nas unidades produtivas, o que levou à suspensão cautelar da fabricação de todos os lotes da empresa.
O Estado de Alagoas figura entre os mais afetados pela crise, com 65 mortes de equinos já confirmadas. Produtores rurais e criadores locais relatam preocupações e prejuízos econômicos, diante da dificuldade de detectar rapidamente os sintomas apresentados pelos animais.
De acordo com o Mapa, a intoxicação provoca inicialmente insuficiência hepática, com uma evolução clínica que pode parecer lenta, mas culmina em um quadro grave e morte repentina dos equinos, mesmo após a suspensão do uso da ração contaminada.
Além de Alagoas, foram contabilizados 83 óbitos em São Paulo, 69 no Rio de Janeiro, 4 em Goiás e 1 em Minas Gerais. Novas informações indicam ainda mortes nos municípios de Goiânia (GO), Jarinu e Santo Antônio do Pinhal (SP), Uberlândia, Guaranésia, Jequeri e Mariana (MG), e no sudoeste da Bahia, ampliando a abrangência do problema.
Até o momento, o Ministério da Agricultura proibiu a comercialização de quaisquer produtos fabricados pela Nutratta e aguarda decisão judicial sobre o pedido de mandado de segurança feito pela empresa, que contesta a suspensão.
O Todo Segundo tentou contato com a Nutratta Nutrição Animal Ltda para obter esclarecimentos sobre a situação, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço permanece aberto para que a empresa possa se manifestar.
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