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Alagoas
Postada em 05/10/2015 08:30 | Atualizada em 05/10/2015 08:45 | Por Todo Segundo

Bancários entram em greve em todo o País a partir desta terça-feira

Paralisação deve atingir cerca de 200 agências bancárias só em Alagoas
Bancários entram em greve em todo o País a partir desta terça-feira - Foto: Divulgação
Do Todo Segundo com Agências

Após a greve dos servidores do INSS que durou 84 dias e teve o atendimento à população retomado no fim do mês passado, agora é a vez dos bancários. Eles entram em greve por tempo indeterminado a partir desta feira (06), em todo o País.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de Alagoas, Jairo França, a paralisação deve atingir cerca de 200 agências bancárias, no Estado. A proposta de reajuste oferecida pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), de 5,5% mais abono de R$ 2.500 foram em assembleias realizadas em todo o Brasil.

“Essa proposta foi rebaixada por ser indecente. Sequer repõe a inflação”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira. “A greve será longa, pois vamos lutar pela reposição da inflação mais aumento real.”

A categoria pleiteia aumento de 16%, sendo 9,88% do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) nos últimos 12 meses até agosto mais 5,7% de aumento real. E é contra o abono pelo fato de não ser incorporado ao salário e, consequentemente, ao 13º, às férias, ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e à contribuição ao INSS.

Segundo Moreira, desde a última rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, há uma semana, não foi feita nenhuma contraproposta. “Por isso vamos cruzar os braços. A estratégia de mobilização dos bancários será definida na segunda, em outra assembleia”, diz o sindicalista. No Grande ABC, existem cerca de 400 agências bancárias, onde atuam em torno de 7.000 profissionais. “O objetivo é fechar as portas de todos os bancos públicos e privados da região.”

Caso fosse aplicada a correção de 5,5% nos salários, considerando a renda média do bancário nas sete cidades, de R$ 6.500, o aumento seria de R$ 357,50. O reajuste é o mesmo oferecido para os demais benefícios, como vale-refeição, vale-alimentação e PLR (Participação nos Lucros e Resultados). O vale-refeição, de R$ 26, teria incremento de R$ 1,43. “Não dá nem para tomar um café.”

O presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT), Roberto Von der Osten, destaca que os bancos lucraram R$ 36,3 bilhões no primeiro semestre. Alta de 27,3% em relação a 2014. “Setores que estão em crise, com retração de produção e vendas, fizeram propostas melhores. É uma irresponsabilidade dos bancos e a resposta indignada vai ser dura.”
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