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Alagoas
Postada em 22/04/2017 21:48 | Por Todo Segundo

Acidentes domésticos geram mais de 18 mil internações na UE do Agreste

Médico orienta população como prevenir quedas na residência ou no trabalho
Acidentes domésticos geram mais de 18 mil internações na UE do Agreste - Foto: Agência Alagoas
O número de pessoas internadas na Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca, vítimas de quedas dentro de suas casas, nas ruas ou no ambiente de trabalho, está chamando a atenção de especialistas médicos. Nos últimos dois anos até a primeira quinzena de março, o hospital já registrou 18.461 atendimentos.

Esse tipo de acidente só perde para os casos de quedas e colisões de motocicletas, por conta do elevado número desses veículos circulando em Arapiraca e outras cidades do Agreste. De acordo o Sistema de Dados e Informações da Unidade de Emergência do Agreste, em 2015 ocorreram 7.727 internamentos de pessoas, sendo a maior parte de idosos e crianças, que sofreram fraturas por conta de quedas da própria altura em casa ou na rua.

Em 2016, o número aumentou para 8.704 casos e, nos três primeiros meses deste ano, o hospital já contabiliza 2.030 internamentos. O médico clínico emergencista da UE do Agreste e especialista em Dor, Neusvaldo Henrique de Brito Júnior, explica que alguns cômodos das residências são mais perigosos para crianças e idosos.

No caso de quedas, esclarece o profissional, se forem acidentes leves que não oferecem maiores perigos, costumam formar apenas um ‘galo’ ou hematoma na cabeça. “Mas se a criança vomitar, perder consciência e mudar o comportamento, chorar com persistência e ficar muito irritada, os pais ou responsáveis devem levar para avaliação médica, visando fazer o exame neurológico”, ressalta o especialista.

Ainda de acordo com o médico Neusvaldo Henrique Júnior, esses acidentes trazem inúmeros prejuízos físicos e econômicos, sequelas emocionais e perdas financeiras, que poderiam ser prevenidas com medidas fáceis. “Grande parte das vítimas são idosos e outra parte importante é de adultos em idade produtiva, como também crianças”, acrescenta o médico.

Ele explica que os pacientes idosos podem correr riscos de sequelas graves que comprometam a qualidade de vida e, inclusive, o risco de morte por complicações clínicas e/ou fraturas. No caso dos adultos jovens, o médico salienta que, muitas vezes, as vítimas de sequelas traumáticas deixam de ser produtivas por períodos longos, devido a afastamentos do trabalho e recuperação das lesões.

“É importante prevenirmos tais acidentes, com cuidados simples, como o uso de calçados adequados para idosos, evitar tapetes ou objetos que possam ser obstáculos geradores de quedas”, acrescenta Neusvaldo Henrique Júnior.

“Outra forma de evitar esses acidentes, é não deixar idosos desacompanhados em casa ou na rua. No caso dos acidentes de trabalho, também é importante o uso de equipamentos de proteção individual no trabalho, uso de corrimão nas áreas molhadas de casa. E no caso de crianças, é necessário utilizar berços e camas com grades, além de redobrar o cuidado com escadas”, complementa o médico da Unidade de Emergência do Agreste.
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