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Polícia
Postada em 14/12/2015 14:00 | Atualizada em 14/12/2015 19:32 | Por Todo Segundo

Polícia Civil esclarece chacina de Guaxuma que deixou quatro mortos

Motivo do crime seria dinheiro que seria utilizado para transação entre o irmão do acusado e uma das vítimas
Polícia Civil esclarece chacina de Guaxuma que deixou quatro mortos - Foto: Assessoria
Do Todo Segundo com PC/AL

A Polícia Civil de Alagoas apresentou, na manhã desta segunda-feira (14), o relatório final das investigações que levou ao esclarecimento da chacina de Guaxuma, ocorrido em novembro deste ano, que vitimou quatro pessoas de uma mesma família, em Maceió.

Durante entrevista coletiva, em Jacarecica, os delegados que participaram das investigações, deram detalhes sobre todos os métodos realizados pela polícia, que levaram ao indiciamento do pescador Daniel Galdino Dias, 31 anos.

Segundo o delegado José Carlos, a motivação para o crime seria uma quantia em dinheiro que seria utilizada para uma transação entre e o irmão do acusado e Esvaldo da Silva Santos, 22, que foi morto no dia do crime junto com sua esposa, Genilza Oliveira da Paz, 27, e os filhos Maria Eduarda, 9, e Guilherme, de 2 anos.

"O pai iria comprar o barco do irmão de Daniel, que tinha conhecimento de tudo, e Daniel armou toda a emboscada para retirar o pai de casa, dizendo que o irmão dele queria acertar as coisas da compra, matando-o a uma distância considerável da casa”, esclareceu o delegado.

De acordo com as investigações, após matar o pai, Daniel retornou à residência arrastou a mãe das crianças para fora e a matou. Os menores tentaram se esconder na mata, mas foram encontrados porque o Guilherme, o mais novo, chorou. Para o delegado Antônio Henrique, a polícia não tem dúvidas sobre a autoria dos crimes e com a chegada das provas técnicas o inquérito será concluído.

"Ele foi visto por pessoas deixando o sítio com um facão na mão, foi também o responsável por divulgar as fotos das crianças mortas e por apontar onde os corpos estavam. Ele chegou a divulgar informações falsas sobre o suspeito do crime e em depoimento se contradisse várias vezes. Além disso, o trabalho feito com a criança foi fundamental para que chegássemos a essas informações", disse.

Aline Damasceno, psicóloga que atua na delegacia dos crimes contra a criança e dos adolescentes da capital, foi importante para elucidar alguns detalhes. Ela acompanhou a criança, que relatou que Daniel Galdino chegou à residência e chamou Evaldo para conversar sobre a compra do barco. Ao chegar ao local, cerca de 300 metros da sua residência, ele cometeu o crime.

Em um dos encontros com os delegados, a criança acompanhada pela psicóloga e por uma tia, fez o reconhecimento. Na ocasião, 15 pessoas da região foram apresentadas, divididas em grupos e apenas no último grupo de cinco pessoas, Daniel foi reconhecido pela criança.

Participaram das investigações do crime os delegados: Cícero Lima, gerente de polícia judiciária 1; José Carlos, coordenador da delegacia de homicídios da capital; Antônio Henrique, presidente do inquérito e Lucimério Campos, responsável pelo levantamento de local da chacina.

Quatro suspeitos de participar do crime foram presos pela polícia, entre eles Charly dos Santos Muniz, 25 anos, preso por agentes da Força Nacional, no município de Maragogi, o irmão dele, Chrys Maikel que se entregou à polícia também em Maragogi.

O crime

A chacina que vitimou quatro pessoas da mesma família, ocorreu no início do mês de novembro em um sítio no bairro de Guaxuma, em Maceió. As vítimas foram identificadas como Esvaldo da Silva Santos, 22, sua esposa, Genilza Oliveira da Paz, 27, e os filhos Maria Eduarda, de 9 anos, e Guilherme, de 2 anos.
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