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Polícia
Postada em 21/10/2015 08:59 | Atualizada em 21/10/2015 14:12 | Por Todo Segundo

Operação da PF prende grupo que fraudava concursos em Alagoas

Além de Alagoas, a operação foi deflagrada nos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Rondônia
Operação da PF prende grupo que fraudava concursos em Alagoas - Foto: Divulgação
Do Todo Segundo com PF

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (21), em Alagoas a “Operação Afronta”, que tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa estruturada para fraudar concursos públicos, em especial os realizados pelo Poder Judiciário.

De acordo com a PF, além de Alagoas, a operação ocorre em São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Rondônia. No total estão sendo cumpridos, nos cinco estados, 14 mandados de prisão temporária e outros 19 de busca e apreensão. Pelo menos quatro pessoas já foram presas. O núcleo da quadrilha ficaria em Alagoas.

A investigação foi desenvolvida pela Delegacia de Polícia Federal em Sorocaba-SP. A fraude foi detectada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que encontrou irregularidades no último concurso para os cargos de Analista Judiciário e Técnico Judiciário e encaminhou os documentos à PF, para instauração de inquérito. Os candidatos suspeitos tinham feito a prova em Sorocaba.

A investigação apurou que a fraude acontece da seguinte forma: os líderes da organização monitoram a publicação de editais de concursos públicos. Depois de publicado o edital, são inscritos no exame os candidatos interessados em ingressar na carreira mediante fraude e também os chamados “pilotos”, membros da quadrilha que se inscrevem no certame para fotografar o caderno de questões com microcâmeras durante a prova.

No dia do exame, após fotografarem as questões e ter decorrido o tempo de permanência em sala de aula, geralmente de uma hora, os “pilotos” saem do local da prova e repassam as fotos das folhas de questões ao líder da organização. As respostas, por sua vez, são repassadas aos candidatos por meio de ponto eletrônico.

Os candidatos pagam à organização criminosa dez vezes o valor do salário do cargo pretendido pelas respostas da prova. Os investigados responderão, de acordo com a participação, pelos crimes de organização criminosa e fraude em certames de interesse público.
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