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Polícia
Postada em 02/12/2015 15:19 | Atualizada em 02/12/2015 17:19 | Por Todo Segundo

Golpe do falso emprego faz 85 vítimas nos estados de PE, BA e AL

PC de PE investiga suspeitos de estelionato e fraude. Pessoas teriam pago de R$ 200 a R$ 1 mil para trabalhar
Golpe do falso emprego faz 85 vítimas nos estados de PE, BA e AL - Foto: Divulgação
Do Todo Segundo com G1 Caruaru

Pelo menos 85 pessoas de Pernambuco, Bahia e Alagoas teriam sido vítimas de estelionato, após pagarem valores entre R$ 200 e R$ 1 mil para "despesas com contratos" em supostas vagas de emprego no Rio Grande do Sul.

De acordo com a Polícia Civil, a denúncia foi registrada por um encarregado de obras na última segunda-feira (30) em Petrolândia, no Sertão de Pernambuco. Uma das vítima por nome de Heverton Flávio, de 27 anos, diz que um homem entrou em contato com ele no fim de setembro, oferecendo trabalho.

Ainda segundo Heverton, as negociações continuaram até 2 de novembro, e quando ele percebeu que não tinha retorno, procurou a polícia. A "oferta" de emprego era de R$ 4,2 mil de salário, gratificação de 25%, R$ 280 de alimentação, pagamento de horas extras e ainda passagem aérea para o Rio Grande do Sul - onde trabalharia no setor da construção civil.

Já o encarregado de obras, o homem disse que outra pessoa entraria em contato por e-mail para falar sobre o valor do salário e outros detalhes. "A pessoa que me ligou morava aqui em Petrolândia, mas já faz uns três anos que não a vejo mais. E eu já havia trabalhado na mesma cidade [Bagé-RS] que foi oferecida a proposta de emprego, por isso não vi problemas", relata.

O encarregado enviou um e-mail para um suposto funcionário da empresa, com currículo e outros documentos pessoais como comprovante de residência, CPF e RG. "Eles pediram também a última ficha da carteira de trabalho e que eu depositasse R$ 1 mil para efetivar a contratação".

Recrutamento
Os supostos estelionatários pediram que mais pessoas fossem trabalhar com Heverton. "Ele me pediu uma equipe. “Você tem sua equipe para trabalhar com você?”, eu disse “Tenho”. Tem um rapaz de Paulo Afonso que já trabalhou comigo e não me deu problema. Aí foi quando entrei em contato com meu colega, que falou com mais dez [pessoas]. Aí uma outra pessoa da suposta empresa, sem eu saber, entrou em contato com o colega de Paulo Afonso e perguntou por outros profissionais", declara o encarregado. Ao todo, 70 pessoas do município teriam enviado a documentação e pago os valores solicitados, informou o homem à Polícia Civil.

Heverton também informa que um dos suspostos agenciadores solicitou o contato de um encarregado em um município de Alagoas. "Ele me ligou e perguntou se eu tinha o contato de um encarregado de Delmiro Gouveia (AL). Aí eu passei só o contato e, nisso, ele ligou para o cara e acertou. Ficaram 12 caras de Delmiro Gouveia também".
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