Por Roberto Gonçalves

Os corpos de duas vítimas da violência carbonizados em Santana do Ipanema no alto Sertão do Estado encontrados naquele município no último sábado 30, e que deram entrada no Instituto Médico Legal de Arapiraca foram sepultados como indigentes sem identificação no cemitério de Canafístula.

As vítimas que seriam de Antônio Ferreira Monteiro 74 anos e de Cícero Saturnino da Silva, 56 anos, que seriam tio e sobrinho não tiveram a identificação através do DNA, em razão do Estado interrompeu em setembro do ano passado o contrato para a prestação do serviço junto ao laboratório da Universidade Federal de Alagoas – Utal.

Os supostos familiares das vítimas estão indignados e cobram a identificação das vítimas. A esposa de Cícero e a filha de Antônio estiveram no IML de Arapiraca nesta segunda-feira, 1º e foram informadas de que o exame de reconhecimento só poderia ser realizado depois que o convênio entre Estado e Ufal fosse renovado.

A Assessoria de Comunicação do IML informou que não foram realizados nenhum exame na arcada dentária nem por meio de impressão digital, pois os corpos foram encontrados totalmente carbonizados, mas houve a coleta de material biológico para futuras identificações.

De acordo com o órgão, o modo como os corpos foram encontrados foi o que motivou o enterro emergencial. A assessoria informou, que a família foi recomendada a procurar o IML novamente na quarta-feira para que possa ser colhido sangue para a realização do procedimento de exame de DNA.