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Postada em 09/12/2017 23:15 | Por Todo Segundo

Parceiro de Chulapa, alagoano Jadílson faz uma revelação: "É um noveleiro"

Lateral conquistou o Brasileiro de 2007, pelo São Paulo, com o camisa 14 e depois voltou a encontrar o amigo na campanha do título alagoano de 2012, pelo CRB
Parceiro de Chulapa, alagoano Jadílson faz uma revelação: "É um noveleiro" - Foto: Marcelo Prado/GloboEsporte
A carreira de Aloísio Chulapa marcou uma época para o futebol alagoano. O camisa 14 elevou o patamar do esporte do estado e abriu espaço para novos talentos. Quem teve o privilégio de atuar com o atacante garante que a parceria com o Chula ficará guardada para sempre na memória. Um dos grandes parceiros é o também alagoano Jadílson. O lateral-esquerdo atuou com Aloísio e conquistou títulos importantes. O primeiro deles veio com o São Paulo, no tricampeonato brasileiro de 2007. Cinco anos depois, no CRB, os dois foram campeões alagoanos.

Mas a parceria com Aloísio não fica restrita ao campo de jogo. Como bom amigo, Jadílson avisou logo que também tem "causos" de Chulapa para contar. Nos tempos de São Paulo, o centroavante não perdia uma novela por nada.

- O Aloísio um cara que sempre gosta muito de brincar. E é um noveleiro. E no tempo em que a gente jogava no São Paulo ele queria logo chegar em casa para assistir aquela novela da Sinhá Moça. Ele falava que essa novela era muito boa, não deixava de assistir por nada, e eu falava: "Deixa de besteira, Aloísio. Mas ele gostava mesmo da novela, é um cara noveleiro. É um cara que gosta de tomar o seu "danone", mas sempre teve a responsabilidade de chegar cedo e se empenhar bastante nos treinamentos. Ele sempre trabalhou muito. Então, o Aloísio é esse cara que que gosta de brincar, alegre e eu só tenho elogios pra ele, é um cara 10 - lembrou Jadílson, que, aos 40 anos, vai disputar o Alagoano pelo Coruripe.

Em entrevista ao GloboEsporte.com, o lateral destacou como se aproximou de Aloísio. Demorou até um pouco.

- Falar do Aloísio é uma honra pra mim. Eu já conhecia ele por ser alagoano, mas não tinha contato como amigo. E tive a felicidade de ter esse contato com ele em 2007, quando a gente trabalhou junto e eu vi o caráter e a pessoa que é o Aloísio Chulapa. Jogando juntos, eu consegui fazer uma amizade, hoje eu tenho o Aloísio como um amigo mesmo. No futebol são poucas as amizades. Quando você para, você guarda as amizades e o Aloísio é um grande amigo que eu fiz no futebol.

Jadílson disse ainda que a jogada do gol do título mundial do São Paulo, em 2005, contra o Liverpool, resume o que era Aloísio Chulapa em campo.

- Tivemos a felicidade de trabalhar no São Paulo, onde fomos campeões brasileiros. Sem contar na qualidade dele dentro de campo: um matador, um cara que sabia aproveitar muito bem o biotipo dele, sabia deixar os companheiros na cara do gol, fazer o pivô. Aquele gol do título mundial do São Paulo, quando ele deu o passe para o Mineiro, mostra muito bem isso.

Como o mundo do futebol é dinâmico, os dois se afastaram após a conquista do Brasileiro de 2007. Enquanto Chulapa continuou no Tricolor, Jadílson foi atuar no Cruzeiro. Porém, quis o destino que os dois alagoanos se reencontrassem para conquistar um novo título. Em casa, na Pajuçara. O lateral também contou essa história.

- Depois de 2007, eu tive a felicidade de reencontrar ele no CRB, quando a gente foi campeão alagoano depois de dez anos que o Galo estava na fila. Então, o Aloísio é um ídolo, sempre foi um amigo. Um cara que está parando agora, vai ter essa festa no dia 10 de dezembro, e vai ser um cara que vai fazer muita falta para o futebol, mas a gente sabe que o futebol chega ao fim para todos. Então, quero agradecer esse tempo em que trabalhei com ele, sou muito feliz e no dia 10 estaremos lá para participar dessa festa. Fiquei muito grato pelo convite, tenho certeza que o evento vai ser maravilhoso.

Como bom parceiro de equipe, Jadílson disse que tinha um excelente entrosamento com o atacante. O camisa 6 conta como fazia para deixar o centroavante na cara do gol.

- No cruzamento, a gente sabe que ele gostava muito de ficar ali no segundo pau. E aí eu cruzava ela pensando que ele ia chegar. Ele tem uma boa estatura e sabe usar muito bem o corpo. Além disso, na hora que a gente pegava a bola, podia dar pra ele que ele fazia muito bem o pivô. O Aloísio é um jogador muito inteligente, um tipo de jogador que está fazendo muita falta no futebol brasileiro, hoje é muito difícil um jogador proteger a bola e fazer o pivô como ele sabe. Dentro de campo sempre foi um matador, e a gente tinha esse entrosamento porque a gente treinava muito nos coletivos. Ali ele já falava: "Jadilson, pode mandar que eu faço o pivô pra quem vem chegando". E dava muito certo. É um grande jogador e o currículo dele já diz tudo. Só chega em clube grande, assim como ele chegou, quem tem qualidade.

Do Globo Esporte
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