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Postada em 16/08/2018 08:31 | Atualizada em 16/08/2018 08:34 | Por André Avlis

ASA: Há 9 anos o Gigante vencia a "Batalha do Acre" e subia para Série B

O dia 16/08/2009 ficou marcado na história do ASA, como o dia de acesso para a Série B
Leandro Cardoso, capitão da equipe, comemorando um dos gols do ASA - Foto: Divulgação

A "Batalha do Acre" e que Batalha.

Essa batalha foi dividida em duas partes. A primeira longe de Rio Branco, capital do Acre e muito mais perto do Gigante, aqui em Arapiraca. Ela começou dia 09/08/2009, numa tarde de Domingo, no primeiro jogo da decisão da vaga para as semifinais da Série C daquele ano. A partida foi mais difícil que o esperado. Um empate por 1x1 contra o Rio Branco. O gol de empate do ASA foi marcado por Nena, aos 18 minutos do segundo tempo.

A partir daí começu a verdadeira batalha. Primeiro, com a viagem, que é uma verdadeira odisseia. São 4.845.6 Km, de Arapiraca à Rio Branco-AC.

Uma viagem longa, vários imprevistos e uma verdadeira aventura. A preparação para variar, não poderia deixar de ter um ar também dramático. Na véspera da partida, nada de descanso merecido. A torcida adversária, em uma tática nada inteligente, fez barulhos com fogos perto do hotel onde o ASA estava hospedado. Tudo, tudo mesmo, conspirava para que o jogo do Alvinegro fosse um desastre e o acesso fosse mais uma vez adiado.
Era tarde de Domingo em Arapiraca. A cidade estava totalmente parada e quem estava na rua, certamente estava procurando um local para assistir a partida (coisa que na época era mais difícil). Às 18 horas, horário local e 16 horas no horário do Acre, enfim começou a Batalha.

Arena Floresta lotada! Entupida de gente, gente que dava a classificação para a outra fase como certa. Poderia até ser, mas que bom que não foi, pois a soberba e o sucesso não caminham juntos.

Acho que o ASA começou ganhando antes do jogo começar. Na preleção de Foiani. Quando ele disse que "cada um tem um livro e escreveriam a história, com o acesso". E que preleção, amigos. O jogo começa e da melhor forma. Aos 10 do primeiro tempo, gol de Edson Veneno com passe de Didira, que estava jogando na lateral-esquerda. Aos 13 minutos gol do Rio Branco, de pênalti e muito duvidoso por sinal. A pressão era enorme e em um escanteio, ele apareceu. Nena! o "Nenagol", marcou de cabeça o segundo do Alvinegro. Daí por diante, amigos, foi pressão, uma das maiores que já vi o ASA receber. O Estádio pulsava, a torcida empurrava o time da casa e o juizão não ajudava. Até que no segundo tempo, aos 24 minutos o Rio Branco empatou o jogo. Era metade do segundo tempo.

Foiani entrou e foi expulso. Teve bola na trave, Tutti salvou um gol em cima da linha. E a arbitragem continuava a atrapalhar. Mas não dá para atrapalhar o destino. O trio de zaga com Paulão (até a hora que estava em campo), Edson Veneno e Leando Cardoso virou uma verdadeira muralha; Jota, guerreiro como diz seu nome, se agigantou como o nome do ASA; Ricardinho e Didira, correram o que poderam e o que não poderam nas laterais; Fábio Lopes, como bom meia, cadenciava o jogo para que o pequeno e franzino Rodriguinho pudesse correr na hora certa; E Nena, o Nena era o Nena, o Nenagol. E fim de papo! A Batalha do Acre foi vencida.

Batalhas foram feitas para ser vencidas e não importa o quão difícil seja. O time do técnico Vica mostrou isso e mostrou da forma que é o ASA. Na garra, na emoção, no sofrimento, mas com êxito. O time de guerreiros, assim como disse Foiani, antes da Batalha do Acre, hoje está para sempre gravado e cravado na história do ASA. O time de guerreiros, para o time queé Gigante.

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