O imediatismo que produz incoerência.

No futebol, em quase sua totalidade, são formadas e criadas respostas simplistas para problemas complexos. A materialização de achar que tudo é fácil ou que a perfeição vem através da rapidez ou de um passe de mágica.

Pela primeira rodada da Copa Alagoas, o ASA venceu o Dinensão Saúde por 1 a 0. Seguindo o planejamento estratégico para oportunizar e dar minutagem para os jogadores que pouco atuaram até este momento da temporada, o técnico Leandro Sena colocou em campo um time alternativo - com apenas Didira de titular.

Diante desse aspecto existem dificuldades no desenvolvimento, especialmente, tático. Uma vez que mesmo treinando juntos, estes jogadores não estão em um alto grau de desenvolvimento a partir do entrosamento. Além disso, o ritmo de jogo de um reserva é inferior àqueles considerados titular. 

É praticamente impossível existir um padrão definido nestas condições. Especialmente quando, além das mudanças 'radicais', existem mudanças táticas, de posicionamento. O que faz com que a assimilação da dinâmica de movimentação seja ainda mais complicada. 

Sem falar no péssimo estado do gramado do Estádio Ferreirão. Um local impróprio para a prática do futebol de alto nível, como exigem.

Entao, como tirar parâmetro para uma análise mais aprofundada desta partida a partir de todos estes aspectos? Como exigir um alto nível técnico através de todas estas complexidades? Impossível.

Jogos como este servem mais como laboratório. Para que o técnico observe, faça avaliações e busque novas alternativas para a sequência da temporada. E óbvio, ponderar pontos positivos e negativos da atuação. 

O ASA precisa evoluir e melhorar seu rendimento? Com toda certeza. O elenco precisar dar uma resposta e voltar ao caminho da evolução.

Fora tudo isso, é mais do mesmo imediatismo habitual que surge através da narrativa de que o futebol é simples. E não é.