Dando continuidade as atividades da Semana Santa, ocorreu na manhã desta quinta-feira (18) na Catedral Metropolitana, a tradicional Missa do Crisma. Fiéis e todo o Clero da Arquidiocese de Maceió se reuniram para a celebração Eucarística presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Antônio Muniz.

Antes dos ritos iniciais, o chefe da Igreja particular lembrou uma figura importante para o Centenário da Arquidiocese, Dom José Lamartine Soares. “Uma pessoa santa que foi eleito bispo para esta Igreja, mas não tomou posse. Esse báculo o pertencia e mandei restaurar. É o mesmo que Dom Helder Câmara usou em sua posse em 1964 na Arquidiocese de Olinda e Recife, e depois voltou para nós”.

A missa seguiu com a Liturgia da Palavra e depois a homilia do arcebispo. “A celebração de hoje inicia com dois pontos: o sacerdócio e a Eucaristia. Estamos vivendo uma grande crise onde os princípios cristãos estão sendo desmoronados. O pecado não deixa que enxerguemos o que os Papas estão nos ensinando desde o Concilio Vaticano”.

Dom Antônio ressaltou que a fé no coração do povo está sendo atacada. “Construiu-se um mundo sem Deus. Estamos perdendo as rédeas. O mundo grita por Deus, mas ouvem apenas fantasmas, aproveitadores, políticos. O Papa Francisco nos mostra como é amar e ter fé em nossos dias”.

E continuou: “A crise atinge até nós sacerdotes. Estamos perdendo a credibilidade, as pessoas não creem mais em nossa santidade”.

Ele disse que a ganância não combina com o sacerdócio. “O dinheiro deve ser usado para as boas obras”.

Assim como o Papa em suas últimas homilias, Dom Antônio falou sobre os casos de pedofilia na Igreja. “É muito sério e não posso deixar de falar. A ganância leva ao prazer, leva a mistura do abuso com o sacrifício do altar. Isso não pode acontecer, devemos ser padres santos”.

O arcebispo completou declarando que em seu Centenário, a Arquidiocese de Maceió deve ser formado por testemunhos e mártires. “Santo se faz no serviço e no dia a dia”.

Após a reflexão, os padres realizaram a renovação de suas promessas sacerdotais. Em seguida, a benção dos óleos dos Enfermos e dos Catecúmenos, seguido da consagração do óleo do Santo Crisma.

A santa missa seguiu normalmente com os ritos, a Liturgia Eucarística e os Ritos Finais com a bênção do Arcebispo.