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Política
Postada em 17/06/2025 18:13 | Atualizada em 17/06/2025 18:24 | Por Todo Segundo

Renan rejeita acordo e mantém conflito judicial com Lira no STF

Senador recusa proposta de conciliação e amplia embate judicial com ex-presidente da Câmara
Renan Calheiros rejeita acordo e mantém acirrado conflito judicial com Arthur Lira no STF - Foto: Reprodução

O embate político entre o senador Renan Calheiros (MDB) e o deputado federal Arthur Lira (PP), ambos de Alagoas, ultrapassou os limites do debate político e agora avança no campo judicial. Renan informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não tem interesse em firmar acordo com Lira na queixa-crime movida pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, por calúnia, difamação e injúria.

A ação judicial diz respeito a declarações feitas por Renan em 2023, nas quais ele acusou Lira de “privatizar a Prefeitura de Maceió”, “se beneficiar diretamente do orçamento secreto” e “usar prefeituras para lavar dinheiro”. Em resposta, Lira entrou com a queixa-crime alegando que foi alvo de ataques à honra.

Inicialmente protocolado na Justiça Federal do Distrito Federal, o processo foi encaminhado ao STF por envolver parlamentares. Em manifestação recente, a Procuradoria-Geral da República (PGR) chegou a sugerir uma audiência de conciliação, mas também opinou contra a abertura de ação penal, citando a imunidade material parlamentar, que garante liberdade de expressão a deputados e senadores no exercício do mandato.

Renan, no entanto, rejeitou a possibilidade de conciliação e defendeu que o processo siga seu curso normal.

Disputa de 2026 pode levar embate às urnas

A tensão entre Renan e Lira não se restringe aos tribunais. Os dois lideram grupos políticos antagônicos em Alagoas e, nos bastidores, são apontados como possíveis adversários na disputa por uma das duas vagas ao Senado em 2026.

Renan tenta renovar o mandato e manter sua influência no cenário político estadual e nacional. Lira, avalia disputar o Senado como alternativa à Câmara Federal, onde, após deixar o comando da Casa, pode ver sua base de poder encolher.

Caso a disputa se confirme, Alagoas deve assistir a um dos confrontos eleitorais mais acirrados da década, com repercussões que vão muito além das fronteiras do estado.

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