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Alagoas
Postada em 06/06/2015 15:22 | Por Todo Segundo

Uneal vivencia séria crise e anuncia indicativo de greve

Sem uma solução do governo, estudantes farão protesto no próximo dia 10 em frente ao Palácio República dos Palmares
Uneal vivencia séria crise e anuncia indicativo de greve - Foto: Divulgação
Por Roberto Gonçalves

A Universidade Estadual de Alagoas – Uneal a mais importante instituição de ensino superior do interior do Estado com uma história de lutas de 45 anos a serviço da educação vivencia uma das piores crises no governo Renan Filho (PMDB). O vice-governador e secretário de Estado da Educação, Luciano Barbosa (PMDB) e os deputados estaduais da bancada de Arapiraca e região Agreste se aliam a insensibilidade e não se mobilizam em defesa da instituição.

No governo anterior de Teotônio Vilela Filho (PSDB) após uma luta dos estudantes foi realizado o concurso público para o preenchimento das vagas de professores. O governador Renan Filho fez a nomeação incompleta dos professores aprovados no concurso. Nomeou apenas 36 professores quando seriam necessários 100. Pra completar, suspendeu as obras da Uneal em União dos Palmares, fez retenção de verba de custeio e reduziu a cota de combustíveis da universidade.

Docentes decidiram no inicio desta semana, durante uma reunião realizada na última terça-feira (02), adotar indicativo de greve para a próxima quarta (10). O motivo já vem sendo motivos de protestos desde o mês passado. Inclusive com uma mobilização na Câmara Municipal de Arapiraca que contou com o apoio dos vereadores arapiraquenses em favor dos estudantes.

Falta de propostas e indicativo de greve

A falta de proposta concreta por parte do governador Renan Filho, para solucionar os problemas da Uneal foi o principal motivo para a decisão dos professores, que foi realizada em conjunto com as outras categorias de servidores públicos.

De acordo com o professor Luiz Gomes. "A mobilização cobra reposição salarial, nomeação dos concursados, a não privatização da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), a recuperação do Ipaseal, além da auditoria da dívida do Estado e a recuperação dos serviços públicos", escreveu ele em seu perfil pessoal no Facebook.

O indicativo de greve gerou uma grande discussão entre os estudantes nas redes sociais, pois aqueles que já estão perto do fim do curso sofreram com uma paralisação que durou cerca de seis meses, em 2011. Na próxima quarta-feira (10), várias entidades sindicais realizarão um ato em frente ao Palácio República dos Palmares em Maceió, e na ocasião os professores da Uneal farão uma Assembleia para discutir se realmente deflagram greve.

De acordo com o reitor da instituição, Professor Jairo Campos, a Uneal está funcionando no limite, pois nos últimos 11 anos, cerca de 114 professores foram perdidos, devido aposentadoria, morte ou exoneração. Segundo ele, tem cursos contando com apenas dois professores.
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