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Alagoas
Postada em 10/08/2015 16:04 | Atualizada em 10/08/2015 19:38 | Por Todo Segundo

Servidores da Educação decidem manter greve em assembleia

Categoria está em greve há 25 dias em todo o Estado de AL. Desembargador decretou ilegalidade da greve
Servidores da Educação decidem manter greve em assembleia - Foto: Carolina Sanches/G1
Carolina Sanches / G1 AL
Após uma nova assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (10), os trabalhadores da Educação em Alagoas, em mobilização há 25 dias, decidiram manter a greve da categoria.

Na reunião, foi discutida a determinação judicial do desembargador Fábio José Bitencount que decretou a ilegalidade da greve na última segunda (3).

Segundo a presidente Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Alagoas (Sinteal), Consuelo Correia, a categoria já recorreu da decisão do desembargador.

"Decidimos por manter a greve. Nós já entramos com recurso contra a decisão judicial que aponta a ilegalidade da mobilização. Ainda hoje vamos sair da Praça Dom Pedro II e seguir em direção ao Palácio do Governo para pressionar mais uma vez o Estado para que nos dê um posicionamento", disse Consuelo.

A categoria paralisou as atividades no último dia 16 de julho, pedindo um reajuste salarial de 13,01%. Eles também reclamam da falta de profissionais nas escolas, da estrutura física e das progressões por titularidade e por tempo de serviço.

Retorno gradativo

A assembleia aconteceu no auditório do Sinteal, localizado no bairro de Bebedouro. Mesmo com a mobilização mantida pelo sindicato, diversas escolas retornaram às atividades gradativamente, segundo representantes de núcleos regionais de Educação.

Na avaliação de coordenadores de onze municípios da região Norte, todos já haviam retomado as atividades. "Isso aconteceu pela determinação da ilegalidade", disse Ana Gomes, a presidente do Núcleo Regional de Matriz de Camaragibe.

Na 8ª Coordenadoria Estadual de Educação, em Pão de Açúcar, que abrange oito municípios, as unidades estavam retomando o trabalho de forma gradativa, de acordo com relato dos coordenadores da região.

No núcleo de Palmeira dos Índios, representantes também relataram a mesma situação, de que poucas escolas estavam mantendo a paralisação.

Em entrevista ao Bom Dia Alagoas (TV Gazeta) na semana passada, o secretário da Educação e vice-governador de Alagoas, Luciano Barbosa (PMDB), falou sobre a situação.

Ele disse que um balanço feito pela pasta apontou que a greve dos servidores prejudicou o funcionamento de cerca de 18% das escolas estaduais.

Na ocasião, Barbosa afirmou que aceitava que as categorias se manifestassem, mas ressaltou que a decisão judicial deveria ser cumprida para que fosse mantido o direito à educação dos alunos da rede pública estadual.
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