Por Roberto Gonçalves

Mariana Carla Queiroz Cavalcante, filha da secretária de Gestão de Pessoas, Patrimônio e Documentos, Lúcia de Fátima Queiroz Cavalcante, está entre os 696 aprovados no concurso público da Prefeitura de Arapiraca, realizado em novembro de 2013.

Ela foi aprovada em primeiro lugar com 76 pontos, e a única convocada para a vaga para o cargo de Fiscal de Tributos Municipais, que posteriormente foi transformado em Auditor Fiscal de Tributos Municipais para receber salário de mais de R$ 3 mil reais.

O edital do concurso público número 40/2013 foi lançado no dia 29 de agosto de 2013 com as inscrições até 29 de setembro de 2013, para o preenchimento de 696 cargos na Prefeitura de Arapiraca.

Segundo o edital as vagas eram para cargos de nível superior, médio e técnico, sendo as vagas para agentes de trânsito, administração pública, saúde, educação, entre outras áreas no serviço público municipal.

As provas ficaram sob a responsabilidade da empresa pernambucana Fadurpe, que aplicou os testes do concurso que teve mais de 35 mil pessoas inscritas.

O concurso foi dividido em duas etapas, sendo uma no dia 3 de novembro e a outra no dia 10 de novembro de 2013.

A filha da secretária Lúcia de Fátima Queiroz Cavalcante foi aprovada e convocada no dia 6 de junho deste ano, como pode ser comprovado no Edital de número 89/2014 e publicado no site oficial da Prefeitura de Arapiraca, no endereço www.arapiraca.al.gov.br.

No documento consta o nome de Mariana Carla Queiroz Cavalcante como única aprovada no concurso, que ficou a cargo da empresa Fadurpe e sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Gestão de Pessoas, Patrimônio e Documentos.

Além da suspeita de beneficiar a filha, a secretária Lúcia de Fátima Queiroz Cavalcante mantém o marido, o engenheiro-agrônomo Manoel Henrique Cavalcante em um importante cargo na Secretaria Municipal de Agricultura.

Um candidato que não foi aprovado no concurso achou muito estranho a própria filha da secretária de Gestão de Pessoas, Patrimônio e Documentos conquistar a única vaga.

“Ela pode até ter capacidade técnica ou profissional para passar no exame, mas o fato da filha da secretária participar dos testes e depois ser a única aprovada para o cargo coloca em dúvida a transparência e a lisura do concurso”, desabafou o candidato, que não quis ter o nome revelado.

Apesar de tudo isso, a secretária Lúcia de Fátima ainda assinou e aprovou o edital de convocação da própria filha.