Por Geovan Benjoino

O irmão do prefeito e bacharel em Direito Lucas Ribeiro poderá acabar com a disputa pela Secretaria de Educação de Palmeira dos Índios, tão cobiçada por grupos políticos que se digladiam nos bastidores tentando o controle da referida pasta.

Objeto de uma “guerra campal” que divide os aliados da municipalidade em diversos segmentos autônomos, a Educação de Palmeira dos Índios trabalha com expressivo volume de dinheiro, além de ofertar centenas de cargos efetivos e comissionados.

A Educação beneficia a cidade e toda zona rural do município. É inegável o poder político da referida pasta, que gerencia o professorado, uma categoria que informa e ao mesmo tempo forma a personalidade do educando, constituído por milhares de estudantes, um exército que pode ser recrutado e manipulado conforme o pensamento de quem detém o poder.

A secretaria tem recursos próprios, verbas extras, programas e ações de grande alcance social. Não é à toa que todos querem a Educação, uma subprefeitura de fato, uma pasta valiosíssima sob o ponto de vista educativo, político, financeiro e social.

Ao lado da Saúde, a Educação (independente da esfera nacional, estadual ou municipal) é disputada em qualquer governo, que geralmente precisa de muita habilidade para “acalmar” as conveniências e o “apetite” de quem a reivindica.

A Educação, além de proporcionar visibilidade, é uma poderosa “máquina de votos”, independente da ideologia política de quem a exerce. A pasta tem “luz própria”, por isso, a imagem de seu titular é projetada, desde que exercida com habilidade, competência e transparência.

Persona non grata

O atual secretário de Educação de Palmeira dos Índios, Luiz Lobo é da cota pessoal do prefeito, que confia irrestritamente em sua pessoa. A permanência de Lobo na Educação constitui prova inequívoca dessa confiança e relação pessoal.

Enciumados e inconformados, diversos aliados travam batalha nos bastidores tentando “derrubar” o homem forte da administração peessedebista.

Luiz Lobo também não é “visto com bons olhos” pelo SINTEAL, que o considera persona non grata. O sindicato afirma que o referido secretário contraria interesses do servidor municipal.

A nomeação de Lucas Ribeiro, que já passou por três secretarias do município, Educação, Finanças e Planejamento, seria uma estratégia de acalmar os ânimos dos digladiadores, que apesar de aliados, continuarão tentando até o final da administração do PSDB.

Cabe ao prefeito, que tem a prerrogativa de nomear o secretariado, cargo de sua inteira confiança, confirmar ou não se Lucas Ribeiro assumirá a Secretaria de Educação, a segunda “vedete” da administração palmeirense.