Na direção oposta ao que vem acontecendo em algumas regiões do Nordeste, os três primeiros meses de 2019 sinalizam para um contexto positivo no setor do turismo em Alagoas. No segmento aeroviário, o aeroporto Zumbi dos Palmares apresentou crescimento no fluxo de passageiros acumulados quando comparado ao mesmo período de 2018.

No acumulado dos meses de janeiro a março, Alagoas registrou a entrada e saída de 417.719 pessoas, contra 417.595 assinalados no mesmo período de 2018. O aumento se contrapõe ao registro da queda no número de voos divulgada pela Infraero.

A diferença nos dados não é incomum e se explica pela relação entre a oferta de pousos e decolagens e a disponibilidade de assentos nas aeronaves, como explica o superintendente de Turismo da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Paulo Kugelmas.

“Os indicativos de voos ofertados não necessariamente tem conexão direta com o fluxo de passageiros. Isso se deve a uma decisão das companhias aéreas em apostar no fornecimento de aviões maiores, como foi o caso da Azul que, em algumas rotas, trocou o modelo Embraer de 120 lugares para o Air Bus 320 com 180 lugares, garantindo assim um aumento no número de viajantes”, reitera.

Ocupação hoteleira

Inserida nesse mesmo cenário, a taxa de ocupação hoteleira apontada pelo balanço da Associação Brasileira de Indústria dos Hotéis de Alagoas (ABIH-AL) não leva em consideração as mudanças que ocorreram no setor, uma vez que, apenas no ano de 2018, foram inaugurados cinco novos empreendimentos hoteleiros com um consequente aumento de cerca de dois mil leitos a serem ofertados.

Associado a esses dois fatores, a expansão das hospedagens alternativas por meio de aplicativos como Airbnb – que não são classificadas como ocupação hoteleira -, também contribui para a queda na busca exclusiva por hotéis e pousadas no Estado.

“Se considerarmos todos os números que envolvem o segmento, identificamos que o turismo em Alagoas cresce exponencialmente. Em 2018, tivemos a inauguração de novos hotéis. Os números representam um crescimento de 10% em leitos comparado a 2017. Com relação à ocupação hoteleira, devemos considerar ainda o crescimento da busca por meios de hospedagens alternativos pelo Airbnb. No atual cenário, estamos seguros e confiantes do crescimento do Estado”, pontuou o secretário do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rafael Brito.