Como anunciado desde ontem (24), os trabalhadores dos Correios de Alagoas deram início, na manhã desta quinta-feira (25) a uma paralisação de 24 horas como forma de protestar contra as condições de trabalho que, segundo a categoria, estão precárias. Com a suspensão dos trabalhos, cerca de 250 mil correspondências e encomendas deixarão de ser entregues hoje em Alagoas. Em média, 900 funcionários estão de braços cruzados.

Parte da categoria está reunida nesta manhã em frente à agência dos Correios situada na antiga Rua do Sol, no Centro de Maceió. O objetivo dos funcionários é tornar públicas as más condições de trabalho e pressionar a direção da empresa para que apresente uma resposta às demandas dos trabalhadores.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Alagoas, Alysson Guerreiro, não há condições mínimas de trabalho e a quantidade de carteiros não chega a 400, quando seria necessário o acréscimo de mais 250 profissionais; os veículos para entregas ou estão parados, sem manutenção, ou estão circulando de maneira precária e dezenas de agências no interior estão há três meses sem limpeza. Além disso, episódios de arrombamentos de agências tem crescido, entre outras precariedades.

"Não temos as condições mínimas de trabalho. Carros quebrados ou em situação precária. Algumas agências no interior estão sem receber limpeza há três meses. Os funcionários trabalham em um local sujo, sem higiene. Sem contar que o trabalho dobrou e o efetivo diminuiu", denúncia Alysson Guerreiro.

Por meio de nota, os Correios informaram que todos os serviços estão funcionando normalmente em Alagoas e que não haverá atraso na entrega de nenhuma encomenda prevista para esta quinta-feira.

Confira na íntegra:

"Os Correios informam que todos os seus serviços estão funcionando normalmente e nenhuma de suas unidades está fechada ou com atendimento parcial. Com a deflagração da paralisação, a empresa colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios visando garantir o menor transtorno possível para a população. Destaca-se também que não há atraso de entrega de nenhuma encomenda prevista para hoje. A paralisação é parcial e não há comprometimento das atividades no estado.

Sobre as reivindicações dos trabalhadores dos Correios em Alagoas, a empresa esclarece que não há falta de empregados em nenhuma de suas áreas de atuação. A quantidade de empregados em atividade está adequada à demanda postal recebida pela empresa no Estado. A empresa destaca ainda que busca sempre ofertar e garantir as melhores condições de trabalho para todos os seus empregados, no entanto como empresa pública, está sujeita a prazos legais e procedimentos normativos necessários para qualquer tipo de contratação".