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Alagoas
Postada em 15/07/2024 18:00 | Atualizada em 16/07/2024 09:08 | Por Todo Segundo

Duplica o número de motoristas com problema de visão em Alagoas

Estado tem mais de 200 mil condutores com problema de visão registrado na CNH
Número de motoristas com problema de visão cresceu mais de 100% em 10 anos, em Alagoas - Foto: Divulgação

O número de alagoanos com restrições na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) por conta de problemas de visão aumentou 103% ao longo dos últimos dez anos.

O número era de 108.182 em 2014 e em 2024 alcança 219.421 condutores com algum problema de visão segundo a última atualização.

De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (15), pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), com base em informações da Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito), Alagoas é o 8º entre os 10 estados com o número proporcional maior entre todas as unidades federativas do Brasil.

Os estados onde o aumento percentual de condutores com restrições foi mais significativo são: Goiás (129%); Tocantins (128%); Roraima (125%); Mato Grosso (120%); Acre (119%); Amazonas (110%); Rondônia (103%); Alagoas (103%); Maranhão (102%); e Piauí (100%). No extremo oposto, surge o Distrito Federal, com aumento de 40%.

Na avaliação do conselho, diversos fatores contribuem para a crescente demanda por cuidados oculares entre motoristas brasileiros, incluindo o envelhecimento da população; a exposição prolongada às telas de celulares e computadores; e o aumento da incidência de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e estresse, além de hábitos que levam à alimentação inadequada, ao sedentarismo e à obesidade.

O CBO elencou ainda os principais tipos de anotações relacionadas à visão presentes nas CNHs dos brasileiros. Entre as mais frequentes estão a obrigatoriedade do uso de lentes corretivas, com cerca de 25 milhões de motoristas; e as restrições associadas à visão monocular, com 351 mil casos. Em terceiro lugar, com 152,1 mil casos, estão os condutores impedidos de dirigir após o pôr do sol.

Entre as aptidões analisadas, estão acuidade visual; campo de visão; capacidade do candidato de enxergar à noite e reagir prontamente – com resposta rápida e segura – ao ofuscamento provocado pelos faróis dos demais veículos; e capacidade de reconhecer as luzes e sua posição nos semáforos.

“Ao identificar a existência ou sintoma de deficiência de visão, o médico do tráfego orienta a busca por uma avaliação especializada, que será feita por um oftalmologista, para que seja feito o diagnóstico exato do problema e a respectiva prescrição do tratamento”, destacou o conselho.

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