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Postada em 07/02/2015 10:29 | Atualizada em 07/02/2015 10:35 | Por Todo Segundo

Barragem de Xingó está com baixo volume de água no reservatório

Estiagem atinge os estados de Alagoas e Pernambuco
Barragem de Xingó está com baixo volume de água no reservatório - Foto: Divulgação
Por Roberto Gonçalves

O grande volume hídrico da barragem da hidrelétrica de Xingó entre os estados de Alagoas e Sergipe está abaixo do normal e já preocupa ambientalistas. Na imensidão do lago começam a aparecer pedras e troncos de árvores onde o rio ocupa espaço formando enseadas.

O baixo volume das águas é visto pelo lado de Sergipe como pelo lado de Alagoas. Em muitos trechos de praias fluviais, o rio está com seu nível baixo, mostrando áreas que antes eram cobertas pela água. A situação é mais crítica após a barragem de Xingó, nas cidades de Piranhas e Pão de Açúcar, no alto Sertão do estado de Alagoas.

O sistema de captação de água da adutora do Sertão está encontrando dificuldade de posicionar o conjunto de bombas de sucção, que tem que ser reposicionado em balsas toda semana para buscar locais que captem água suficiente para o sistema de abastecimento de água em várias cidades do Sertão de Alagoas.

O governo federal autorizou a prorrogação da vazão atual, que é de 1.100 m/s³, (metros cúbicos) bem abaixo do permitido por lei, que é de 1.300 m/s³. O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, jornalista Anivaldo Miranda, alertou sobre os grandes problemas ambientais que isso deverá causar no Baixo São Francisco. Acima da barragem de Sobradinho, em Pernambuco a situação também não é muito diferente, o rio começa a mostrar áreas com baixa quantidade de água que antes eram inundadas.

Baixo volume atinge Sobradinho e Itaparica em Pernambuco
Com a estiagem prolongada, as águas dos reservatórios de Sobradinho, Itaparica em Pernambuco estão baixando, e velhas construções estão aparecendo. No meio do Rio São Francisco, uma igreja aparece no horizonte. Ela faz parte da antiga Petrolândia, cidade no sertão de Pernambuco que foi inundada há quase três décadas para a construção de uma barragem.

A nova Petrolândia foi projetada a dez quilômetros e é banhada pelo lago de Itaparica, formado pelas águas do Velho Chico. Com a estiagem que atinge a nascente do rio na serra da Canastra em Minas Gerais o volume do lago em Pernambuco caiu para apenas 14% da sua capacidade. E o que estava submerso há 26 anos começou a reaparecer.

“Eu morei na velha Petrolândia e aqui faz parte de um grupo escolar. É a caixa d’água de uma escola”, conta uma moradora. Os ribeirinhos começam a sofrer com os prejuízos com a pesca artesanal, peixes estão morrendo e a fruticultura irrigada está com produção reduzida.
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