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Polícia
Postada em 09/06/2025 18:52 | Atualizada em 09/06/2025 19:19 | Por Todo Segundo

Simulação da ação policial que matou Gabriel Lincoln só deve ocorrer em julho

Procedimento solicitado pela defesa da família é considerado essencial para a apuração dos fatos
Simulação da perseguição que resultou na morte de Gabriel Lincoln será realizada em julho - Foto: Reprodução

A reprodução simulada da ação policial que resultou na morte do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, em Palmeira dos Índios, só deve ocorrer no início de julho, segundo fontes ligadas à comissão especial que investiga o caso. O procedimento, solicitado pela defesa da família, é considerado fundamental para reconstituir os fatos da noite de 3 de maio, quando o menor foi baleado durante uma perseguição da Polícia Militar no bairro Vila Maria.

De acordo com o advogado da família, Gilmar Torres, a comissão especial responsável pela apuração do caso já confirmou que a reprodução será realizada, embora ainda não haja uma data exata definida. O Instituto de Criminalística (IC) ficará responsável pela parte técnica da simulação, que deve contar com a participação de peritos, testemunhas e representantes do Ministério Público.

“Estamos aguardando a confirmação da data para que todas as partes envolvidas possam participar e garantir a transparência da investigação”, explicou o advogado, reforçando que a família espera que a reconstituição esclareça as circunstâncias que levaram à morte de Gabriel Lincoln.

Exame residuográfico

Paralelamente, a comissão ainda aguarda o resultado do exame residuográfico realizado no corpo do adolescente. O teste é importante para verificar a presença de resíduos de pólvora nas mãos de Gabriel, o que poderia indicar se ele teria disparado uma arma de fogo antes de ser atingido.

Além disso, a polícia também aguarda o laudo do exame balístico na arma supostamente apreendida com Gabriel. Até o momento, esses laudos não foram entregues oficialmente aos investigadores.

O que se sabe sobre o caso

Segundo a versão apresentada pelos policiais militares, Gabriel Lincoln foi perseguido por estar realizando manobras perigosas com uma motocicleta e não ter obedecido à ordem de parada. Durante a fuga, de acordo com a polícia, o adolescente teria sacado um revólver calibre .38 e disparado contra a guarnição, que reagiu e o baleou.

A família, no entanto, contesta essa versão. Os parentes afirmam que o jovem não estava armado e questionam a proporção da ação policial. Outro ponto que levanta dúvidas é que a arma apreendida como sendo de Gabriel não possui registro no Sistema Nacional de Armas da Polícia Federal, o que contribui para a necessidade de uma apuração mais detalhada.

Investigação em andamento

Com as oitivas dos policiais militares já realizadas em Maceió, a comissão especial de delegados designada para o caso deve finalizar o inquérito somente após a realização da reprodução simulada e a conclusão dos laudos periciais. Após essa etapa, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público Estadual, que decidirá sobre a formalização de eventual denúncia.

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