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Polícia
Postada em 22/07/2025 18:36 | Atualizada em 22/07/2025 22:06 | Por Todo Segundo

Saiba quem é o casal preso na BA por golpes milionários aplicados em Alagoas

Investigações revelam esquema montado em apartamento de luxo na Bahia que enganou lojistas em vários estados
João Vitor Gomes Lopes e Lúcia Valéria Alves são apontados como líderes da quadrilha - Foto: Redes Sociais

Um esquema criminoso que enganou dezenas de lojistas e microempreendedores em Alagoas com a venda falsa de joias, roupas e perfumes de grife pela internet foi desarticulado na segunda-feira (21), em Feira de Santana (BA). O casal João Vitor Gomes Lopes, 23 anos, e Lúcia Valéria Alves, 28 anos, são apontados como líderes da quadrilha e seguem presos, à disposição da Justiça.

A operação, batizada de Tio Patinhas, revelou que o casal mantinha uma falsa loja virtual e anunciava produtos com preços muito abaixo do mercado, atraindo revendedores alagoanos com promessas de mercadorias originais. Após o pagamento, as vítimas eram bloqueadas e jamais recebiam os produtos.

Alagoas está entre os estados mais afetados pela fraude, com dezenas de lojistas e pequenos empresários lesados financeiramente. Muitos desses empreendedores sofreram perdas que ameaçam a continuidade dos seus negócios, refletindo negativamente na economia local.

Além de Alagoas, vítimas foram identificadas também no Rio de Janeiro, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, São Paulo e em vários municípios da Bahia, ampliando o alcance da quadrilha pelo país.

O casal operava o esquema a partir de um apartamento de luxo no bairro Kalilândia, em Feira de Santana, cujo aluguel custava R$ 6 mil mensais.

No local, a polícia encontrou uma estrutura montada para enganar compradores, composta por diversos itens, entre eles: produtos falsificados, tais como joias, relógios, perfumes e roupas de grife; etiquetas e embalagens vazias já preparadas com dados de envio para simular remessas legítimas; equipamentos eletrônicos, incluindo celulares e notebooks, utilizados para manter o contato com as vítimas e operacionalizar o golpe; além de dois veículos de luxo, sendo um deles uma Land Rover Evoque.

Para dar credibilidade, o grupo utilizava perfis falsos em redes sociais e vídeos promocionais muito bem produzidos, além de emitir notas fiscais forjadas e criar rastreamentos falsos para simular entregas reais.

Perfil do casal preso

João Vitor Gomes Lopes já era investigado por crimes de estelionato desde os 17 anos. Lúcia Valéria Alves, que estava grávida no momento da prisão, afirmou à polícia que desconhecia o esquema e que a administração da empresa era feita exclusivamente por João Vitor.

Apesar das negativas do casal, a polícia possui provas contundentes de que ambos estavam diretamente envolvidos na gestão e execução do golpe.

Eles seguem presos no Complexo de Delegacias do Sobradinho, em Feira de Santana, e respondem por estelionato e associação criminosa.

Outros três integrantes da quadrilha foram detidos durante a operação, mas liberados após pagamento de fiança de R$ 5 mil cada. Eles continuarão respondendo ao processo em liberdade.

A Polícia Civil da Bahia segue investigando a quadrilha e planeja solicitar a prisão preventiva do casal para garantir que permaneçam detidos enquanto o processo corre. O Ministério Público da Bahia acompanha o caso de perto.

As autoridades continuam a analisar o material apreendido, rastreando os valores recebidos e identificando possíveis “laranjas” e empresas de fachada usadas para ocultar o dinheiro.

A polícia recomenda que todas as vítimas de Alagoas que ainda não registraram boletim de ocorrência procurem a delegacia mais próxima ou utilizem a Delegacia Virtual (www.delegaciavirtual.al.gov.br).

É fundamental que as vítimas apresentem documentos que comprovem a negociação, como comprovantes de pagamento, registros visuais das conversas e das ofertas publicadas, além de informações detalhadas sobre os perfis ou sites utilizados pelos criminosos para aplicar o golpe.

O registro formal das ocorrências é essencial para fortalecer o inquérito, ampliar a investigação e possibilitar futuras ações de ressarcimento.

Este caso serve de alerta para lojistas e consumidores que realizam compras pela internet. É importante desconfiar de ofertas muito abaixo do preço de mercado, verificar a procedência dos vendedores e exigir comprovantes confiáveis antes de fechar negócio.

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