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Polícia
Postada em 14/11/2014 19:06 | Atualizada em 15/11/2014 11:21 | Por Todo Segundo

Homem preso em Igaci vinha matar jovem em Palmeira dos Índios

Ele não se conformava de ter sido preso há 2 meses, após tentar matar jovem no Bar Gota D’Água, diz delegado
Homem preso em Igaci vinha matar jovem em Palmeira dos Índios - Foto: Assessoria-PC/AL

Do Todo Segundo com PC/AL

Antônio Clívio Lima de Santana, conhecido como “Té” ou “Braçinho”, 43 anos, um dos assaltantes de banco mais perigosos do Nordeste, preso em uma operação conjunta das polícias de Alagoas e Sergipe, na última quarta-feira (12), na cidade alagoana de Igaci, estaria disposto a matar um jovem, de qualquer jeito, na cidade de Palmeira dos Índios.

A informação é do delegado regional de Palmeira, Antônio Rosalvo, que prendeu o assaltante em setembro deste ano, depois que ele tentou assassinar o rapaz, em um bar, na beira do Açude do Goiti, no Centro da cidade alagoana. A identidade da vítima será preservada pela nossa reportagem.

Segundo o delegado, os fatos aconteceram no Bar Gota D’Água. Um homem que se identificara como José Valdo dos Santos, chegou a atirar contra um lovem, que só escapou de morrer porque se jogou debaixo das mesas e depois conseguiu se atirar nas águas do açude, e fugir.

A tentativa de homicídio teria ocorrido porque a vítima não aceitava a forma como Clívio olhava e até abordava sua namorada, que se encontrava também no conhecido estabelecimento comercial.

Na delegacia, um levantamento feito pela Polícia Civil descobriu que o suposto José Valdo, na verdade, se tratava do perigoso assaltante de bancos Antônio Clívio, procurado em vários estados do Nordeste. José Valdo é o nome de um candidato a vereador da cidade natal do assaltante – Nossa Senhora das Dores, interior de Sergipe, que ele usava para enganar as autoridades policiais.

A Polícia Civil alagoana levou “Braçinho” para Aracaju, mas, na madrugada do dia 10 de novembro último (segunda-feira), ele fugiu do Complexo de Polícia Especializada (Cope), de Sergipe, junto com outros oito presos que conseguiu arregimentar para sua quadrilha.

Já na terça-feira (11), Antônio Clívio foi visto em Palmeira dos Índios. Ele estava numa caminhonete, junto com Arlei Antônio Silva Filho, de 34 anos, que estacionou na porta do Bar Gota D’Água. Conforme testemunhas, Arlei desceu e procurou informações sobre a vítima, inclusive onde o rapaz morava. Outro carro, de marca Honda, dava cobertura aos ocupantes da caminhonete.

Horas mais tarde o ladrão de bancos acabou preso em Igaci, na operação conjunta das polícias alagoana e sergipana.

“Ele não se conformava de ter sido preso, após a tentativa de morte contra o jovem. Depois de sua transferência, alguns detentos contaram que, enquanto estava na cela da delegacia de Palmeira, o assaltante reclamava do prejuízo que o rapaz tinha dado à sua organização. Imagine o que é um chefe de quadrilha ficar preso durante dois ou três meses, por causa de uma briga banal”, opina o delegado.

Antônio Rosalvo lembra ainda que, após procurar pelo rapaz, os assaltantes se dirigiram até uma chácara em Igaci, onde pegariam armas e dinamites para prosseguirem com suas ações criminosas.

Clívio e Arlei foram presos na chácara, pertencente ao primeiro. No local, os policiais encontraram 89 bananas de dinamite, uma metralhadora 9mm, uma pistola calibre 765 e munições de metralhadora calibre .30 e fuzil.

Existe a informação de que as bananas de dinamite recuperadas seriam parte da carga subtraída em agosto deste ano em São Miguel dos Campos.

Na ocasião, mais de 300 kg de explosivos foram levados de uma fábrica de cimento naquele município alagoano.

A polícia tenta localizar ainda outros sete fugitivos do Cope/SE. A polícia sergipana informou que, além de Antônio Clívio, também conseguiram fugir: José Carlos Lima dos Santos, conhecido como “Morrendo”; Adriano Gonzaga Santos, o “Adriano Mago”; Daniel de Araújo Melo, o “Logan”; Arlei Antônio Silva Filho; Jean Pierre de Oliveira dos Santos, o “Anjinho”; Jefferson de Jesus Correia; Thiago Henrique de Jesus Santos, conhecido como “Billy” e José Hunaldo Alves Santos.

De acordo ainda com o delegado Antônio Rosalvo, Antônio Clívio responde por crime de falsidade ideológica por usar indevidamente o nome de José Valdo dos Santos.

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