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Polícia
Postada em 05/08/2025 23:24 | Atualizada em 05/08/2025 23:31 | Por Todo Segundo

Agentes disfarçados revelaram esquema de remédios falsos em Alagoas

Quadrilha atuava em vários estados e burlava fiscalização da Anvisa com produtos clandestinos
Os produtos eram vendidos diretamente a consumidores, sem exigência de receita médica - Foto: SSP/SP

Uma operação de grande impacto deflagrada nesta terça-feira (5) pela Polícia Civil de São Paulo desmontou uma organização criminosa especializada na falsificação e venda ilegal de medicamentos anabolizantes e emagrecedores — incluindo produtos clandestinos comercializados em Alagoas.

O que surpreendeu até os próprios investigadores foi a forma como o esquema foi desvendado: agentes da polícia se infiltraram entre os compradores, fingindo ser clientes em busca dos produtos ilegais. A estratégia, aliada à quebra de sigilos bancários e das redes sociais da quadrilha, foi crucial para mapear a estrutura da organização.

As investigações, que duraram cerca de um ano, revelaram que o grupo movimentou pelo menos R$ 25 milhões com a comercialização dos remédios falsificados em todo o país, inclusive em solo alagoano, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão nesta terça.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a Justiça expediu 85 mandados de busca e apreensão e 35 de prisão temporária. Até o início da noite, mais de 20 suspeitos haviam sido capturados. A expectativa é que novos envolvidos sejam presos nos próximos dias, à medida que a operação avança.

A operação teve braços em 14 estados brasileiros, entre eles Alagoas, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Mato Grosso, Amazonas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

No estado de São Paulo, os mandados foram cumpridos em diversas cidades da capital e do interior, como Guarulhos, Campinas, São José dos Campos, Jundiaí, Mogi das Cruzes e outras.

De acordo com a SSP-SP, a quadrilha atuava com uma empresa clandestina que não tinha autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Os produtos eram vendidos diretamente a consumidores, sem qualquer exigência de receita médica ou supervisão profissional.

A lista de substâncias inclui anabolizantes perigosos e emagrecedores com alto risco de efeitos colaterais, muitos dos quais proibidos no Brasil. O esquema utilizava redes sociais para atrair compradores e promovia os medicamentos como “naturais”, “eficazes” e “seguros”.

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