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Cultura
Postada em 03/11/2019 10:39 | Atualizada em 03/11/2019 12:42 | Por Assessoria

Gilberto Barbosa lança Crônicas de Limoeiro, na Bienal do Livro, nesta segunda (4)  

Evento ocorrerá a partir das 19 horas, na Bienal Internacional do Livro, no Arquivo Público de Alagoas, no bairro Jaraguá, em Maceió
Escritor, professor e historiador Gilberto Barbosa Filho - Foto: Assessoria

O escritor, professor e historiador Gilberto Barbosa Filho vai lançar a sua segunda produção literária, intitulada “Crônicas de Limoeiro: o Diálogo dos Povos”, na noite desta segunda-feira (4), a partir das 19 horas, na Bienal Internacional do Livro, no Arquivo Público de Alagoas, no bairro Jaraguá, em Maceió.

Nascido no Rio de Janeiro, Gilberto Barbosa chegou em Alagoas com apenas um ano de vida. É filho de duas famílias tradicionais de Limoeiro de Anadia e de Arapiraca, onde passou sua infância e juventude entre as duas cidades.

É graduado em História pela Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e possui pós-graduação em várias especialidades pela Uneal e pela Faculdade de Ensino Regional Alternativa (Fera).

É professor das redes estadual e municipal de ensino e membro do grupo de trabalho, denominado Humanas, da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), sendo um dos organizadores da Olimpíada de História de Alagoas, desde 2017.

Sua primeira obra literária, “Fragmentos de Uma História: Índios, Brancos e Negros no Processo de Construção da Identidade Socioeconômica e Política de Limoeiro de Anadia”, foi lançada no ano de 2011.

Também publicou vários artigos em livros, revistas e outros periódicos no estado de Alagoas.

Relações de poder

Publicado pela Editora Cesmac e prefaciado pelo historiador Douglas Apratto Tenório, o livro Crônicas de Limoeiro é um trabalho de pesquisa que faz conhecer as tramas do tecido das relações de poder que fizeram emergir, no Agreste de Alagoas, a Limoeiro de Anadia, o ponto principal do trabalho do historiador Gilberto Barbosa Filho.

O livro contém imagens que se movem em uma gama de sentidos e uma vastidão material bibliográfica e de diversidade étnica dos povos do passado: casas, igrejas, ruas, pedras e pessoas.

Uma poética histórica enquanto certidão de nascimento do município de Limoeiro de Anadia: uma historiografia de sentidos, memória, ditos e feitos. Índios, brancos e negros, dias e noites, fazendo a história segundo as condições de produção do Agreste.

“Quem são os verdadeiros atores da história de Limoeiro de Anadia? São os vencedores que imprimiram sua solidez cultural ou forjadores da violência para a construção indenitária? Ou são os esquecidos, índios e negros, a gente pobre sem eira nem beira que tiveram participação importante e levados a meras citações menores de pé de página”, descreve o autor.

A obra também traz outra contribuição sobre o termo caboclo, o estudo genealógico dos patriarcas fundadores, a extraordinária contribuição com a menção da existência de judeus ou cristãos novos na localidade, a importância dos rios na colonização, a importante contribuição dos negros africanos, vindos como escravos para as fazendas locais, dos indígenas, habitantes primitivos que estavam lá antes da colonização ou que fugiram de outras plagas para ali se abrigarem, da influência poderosa a religião católica, e também do movimento abolicionistas operando naquelas terras no último quartel do século 19.

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