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Roberto Gonçalves

Sobre o autor

É Formado em Jornalismo pela Escola de Comunicação Assis Chateaubriand/RJ e Radialista Profissional. É membro efetivo da Associação Alagoana de Imprensa. Membro da Academia Arapiraquense de Letras e Artes.
Postada em 22/07/2018 22:03

Cenário nacional trará desdobramentos na eleição 2018 em AL

Sugestões vindas da executiva nacional recaem justamente no nome do ex-governador Téo Vilela
Teo reluta em cancelar sua aposentadoria, mas missão é missão - Foto: Arlindo Tavares

A candidatura do presidenciável do PSDB, ganhou força em nível nacional o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estariam pressionando o prefeito de Maceió e presidente estadual da agremiação, Rui Palmeira e o ex-Governador Teotônio Vilela Filho, a formarem um palanque em Alagoas e montarem um pré-candidato de oposição competitivo para enfrentar o favoritismo do governador Renan Filho. Sugestões vindas da executiva nacional recaem justamente no nome do ex-governador Téo Vilela, que reluta em cancelar sua aposentadoria, mas missão é missão.

Esses desdobramentos como fato novo ocorreu após o fechamento de questão dos partidos do “Centrão” anunciado pelos principais jornais dando destaque ao acordo fechado entre Geraldo Alckmin e os partidos DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade. O Globo noticiou que, com essas legendas e com PTB e PSD, Alckmin terá pelo menos quatro minutos e 46 segundos, do total de 12 minutos e 30 segundos, de tempo na TV e o anúncio oficial será feito ainda esta semana.

O jornal Estado de São Paulo também destacou o assunto e enfatizou que a decisão do Centrão aconteceu antes da convenção que oficializou a candidatura de Ciro Gomes (PDT) à presidência. Segundo o importante órgão de comunicação, os partidos do Centrão também conversavam com Ciro sobre uma possível aliança.

Senador Fernando Collor e o PTC

O senador e ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL) poderá não ser mais candidato à Presidência, cargo que ocupou entre 1990 e 1992. Em comunicado assinado pelo presidente do seu partido, Daniel Tourinho, e publicado no site da legenda diz que a “sobrevivência” da sigla foi um dos motivos para a desistência da candidatura própria.

Segundo Tourinho, “a principal luta da instituição” será atingir ao menos 1,5% dos votos válidos para a Câmara. Com isso, ultrapassaria a chamada cláusula de barreira, aprovada na reforma eleitoral do ano passado e que restringe o acesso das legendas que não conseguirem coeficientes eleitorais mínimos ao Fundo Partidário.

Até a data final das convenções 05 de agosto, muita coisa deve acontecer, ou seja, muita água ainda passará por debaixo da ponte. O jogo não acabou, não esqueçamos de 2006? Quem se achava vencedor foi vencido na peleja João Lyra x Téo Vilela.

O exemplo de 2006

O então candidato governador, João Lyra, nadava no mar de dinheiro arrematando naquela época o apoio de 90% dos prefeitos e 25 dos 27 deputados estaduais. Resultado: o laranjal apodreceu antes do tempo e Téo Vilela que tinha o apoio do povo, venceu João Lyra ainda no primeiro turno, deixando os “laranjas” sem chão e sem rumo, também no apagar das luzes em 2006 Fernando Collor derrotou o imbatível Ronaldo Lessa para o Senado em apenas 28 dias.

Recados foram dados na semana que se passou pela presidente do PTC estadual, a ex-prefeita de Arapiraca Célia Rocha, forte candidata a deputada estadual, que é uma fonte diretamente ligada ao senador Fernando Collor.

Sabe-se e Collor também, que em 2022 inevitavelmente haverá confronto com os Calheiros pela vaga do Senado caso Renan Filho reeleito governador.

Experiente e madurecido na política, Collor quer matar o jogo nesta eleição: ou indicar Célia Rocha de vice na dobradinha com Renan Filho ou vai para o embate lançando-se candidato a governador faltando 36 dias para as eleições.

Experiente e com a moral de quem deu a volta por cima, Fernando Collor, é franco atirador e nada tem a perder nestas eleições. Sedenta pelo surgimento de um nome forte e capaz de duelar com os Calheiros, a oposição já tomou conhecimento dessa possibilidade, que já tem uma coligação para chamar de sua, unindo-se ao PSB e ao PSC do Deputado federal JHC e seu pai, João Caldas que seria candidato a senador.

Em política não existe WO e assim como acontece em partida de futebol, ninguém deve cantar vitória antes do tempo ou subestimar os adversários como vem ocorrendo em Alagoas. Caso não mantenha sua candidatura a presidente ou não seja feito o acordo exigido por Collor que estaria pretenso a indicar o vice de Renan Filho podemos ter novidades. “O tempo será o senhor da razão”

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