Jornalistas e técnicos que trabalharam na Organização Arnon de Melo (OAM), que pertence ao senador Fernando Collor de Melo, buscam na justiça pelos seus direitos trabalhistas, há quase três anos. Profissionais da TV Gazeta (afiliada da TV Globo), demitidos em 2019, aguardam por uma decisão que se alastra sem previsão de término.

Após longos meses de angústia e insatisfação, os ex-funcionários aguardavam pelo desfecho das ações trabalhistas esta semana, mas o ‘poder’ político do senador, que tenta sua reeleição em outubro deste ano, empurrou a decisão para o mês de julho, próximo das convenções das eleições deste ano.

Segundo a ex-produtora da sucursal da TV Gazeta de Arapiraca, Priscila Anacleto, são quase três anos de expectativa e a cada data marcada para a ‘Assembleia dos Credores’ ressurge a esperança para o desfecho da novela sem direito a horário nobre. A jornalista diz que a proposta da OAM é uma ‘piada’ e que quer parcelar a rescisão em quatro anos.

“O plano da Gazeta é cortar juros e multas e pagar em 36 meses (12 parcelas no 1° ano, NADA no 2° ano, 12 parcelas no 3° ano e 12 parcelas no 4° ano). Parece piada, mas não é. Essa foi a última proposta apresentada. Adiamentos... deságios... atrasos... desrespeito...”, desabafa a jornalista.

Priscila questiona como a empresa, do senador Fernando Collor, afiliada da TV Globo, que possui inúmeros patrimônios, não consegue pagar os direitos trabalhistas dos seus funcionários. O texto em desabafo foi publicado, nesta quinta-feira (26), na página da jornalista que também representa o sentimento dos demais profissionais demitidos sumariamente pela direção da TV Gazeta em 2019.

“Por quanto tempo ainda amargaremos essa angústia? DIREITO TRABALHISTA NÃO É FAVOR!”, destacou Priscila Anacleto que foi produtora e repórter, além de acumular funções administrativas do escritório da TV Gazeta em Arapiraca.

Entramos em contato com a direção da OAM, aguardamos nota oficial.