Devaneio ou distorção da realidade do jogo.

A frase "de igual para igual" tornou-se condição para opiniões e questinamentos diante do confronto entre brasileiros e o primeiro escalão do futebol europeu.

Flamengo e Bayern de Munique fizeram um bom jogo. Daquelas partidas gostosas de se assistir pelo alto nível de confronto. O 4 a 2 a favor do time alemão atenuou mais uma vez a diferença de posições e camadas.

O rubro-negro não fez um jogo ruim ou abaixo daquilo que se esperava. Tampouco esta derrota pode ser tratada como vexame.

No entanto, o time brasileiro sofreu as consequências de enfrentar a elite do jogo.

Não fugir do seu dito DNA pode ter sido um equívoco, mas o técnico Filipe Luís foi fiel às suas concepções e confiou em seus jogadores para a execução das ideias dentro de seus conceitos. Um erro? Talvez. Dentro da partida, algumas leituras de cincurstâncias poderiam ter sido diferentes.

O Bayern foi intenso, agressivo e acuou o Flamengo em várias das suas ações nas iniciações das jogadas do time carioca. Foi desta maneira que o FLA foi induzido ao erro por tês oportunidades que se tornaram fatais através de toda a qualidade dos jogadores "bávaros". Não foram falhas casuais, mas ações de desconforto geradas pelo adversário.

Por vezes, reconhecer sua inferioridade - mesmo não sendo tão abissal nesse caso - é necessário para que uma estratégia possa ser versátil e bem executada. Para que a partir desse aspecto, o time pssa ser um "time camaleão". E não tem nada a ver com se acovardar, como alguns tentam implantar com uma demasiada ideia simplista da coisa.

Apesar da derrota, o Flamengo sai da Copa bem visto pelo bom time que tem. Mas a utopia do "igual para igual" mais uma vez não pode ser um guia para aceitar que nosso futebol pode bater de frente com o primeiro escalão europeu no 'tete a tete'. Porque, infelizmente não dá. E por vários fatores, dificilmente haverá igualdade neste caso.

Por isso, é necessário fugir deste delírio utópico.