Se no futebol - em algum momento ou hipótese - há justiça, ela foi feita.

O contestado - também pudera - FIFA "The Best" teve seu momento de lucidez, assim podemos denominar. Robert Lewandowski, atacante polonês do Bayern de Munique, foi eleito o melhor jogador do mudo da temporada 2019/20. Desbancando Cristiano Ronaldo (2º) e Lionel Messi (3º). "Lewa" conquistou 52 pontos dos votos válidos; contra 38 do português e 35 do argentino.

A votação acontece da seguinte maneira: um painel de especialistas em cada categoria seleciona os 10 indicados com base no desempenho na respectiva temporada. Depois, a votação se divide entre o público e o colégio eleitoral também leva em conta, com o mesmo peso, as opiniões de jornalistas, técnicos e capitães das seleções nacionais.

Lewandowski teve uma temporada incontestável. Em todos os aspectos, coletivo e individual. Com o Bayern venceu o Campeonato Alemão, a Copa da Alemanha e a Liga dos Campeões da Europa.

Foi artilheiro nas três competições - algo inédito até então. Marcou 16 gols em 10 jogos, no campeonato europeu; 6 gols em 5 jogos na Copa e 34 na Bundesliga, o campeonato alemão.

Uma conquista legítima e racional. Venceu o jogador que mais fez e produziu na temporada. Sendo decisivo e imprescindível para seu clube - seus números falam por si e por ele. O troféu está com quem realmente mereceu.

Mas ele é o melhor? Não. Em meu ver, não. Isso é fato. No entanto, tal argumento se torna vazio quando brigamos por critérios e imparcialidade.

Ele não é melhor (minha opinião) que Cristiano, Messi, Thiago Alcântara, De Bruyne, Neymar ou Mbappe, por exemplo. Porém, precisamos entender que o troféu premia a temporada. Ou seja, melhor jogador em desempenho, nos fatores coletivo e individual - mesmo que tenha acontecido divergências em alguns anos. Logo, o correto é ter tal preceito e fundamento. Lógico, caso essa avaliação seja neutra.

Portanto, Robert Lewandowski é o melhor jogador do mundo da temporada 2019/20, de fato. E agora feito. Por pura capacidade. Ponto.