Conhecidos pelo barulho de sua militância, causa muita estranheza o medo e o silêncio dos bolsonaristas nos quatro cantos do Brasil, especialmente essa semana. Até mesmo Bolsonaro baixou o tom e sua empáfia ao se dirigir ao STF onde enfrenta julgamento por tentativa de golpe. E olhe que o fantasma tem nome e sobrenome: Alexandre de Moraes e seus pares.
O ex-presidente Jair Bolsonaro tenta a todo momento resistir, mas percebe-se que aos poucos sua força e popularidade vão se esvaindo. Lutar contra a justiça não é tarefa fácil, principalmente quando aqueles a quem você defenestrou são os mesmo que lhes julgarão. Quando estava no poder, Bolsonaro talvez não tenha medido as consequências de seus atos e palavras. Em Palmeira dos Índios, os bolsonaristas de carteirinha estão todos pianinhos.
O rei está nu e sozinho - não temos visto nenhuma voz se levantar aqui ou em Brasília com condições e poder de livrar Bolsonaro do crime de tentativa de golpe pelo qual é acusado. Tudo aquilo que ocorreu no dia 8 de janeiro pesa contra os réus, baseado nas delações de Mauro Cid e outros. A conta chegou para o ex-presidente Bolsonaro que tem enfrentado dias difíceis e acusações pesadas contra seu governo.
Sem enxergar uma saída a curto prazo para a situação e sabendo que haverá condenação, o deputado, Eduardo Bolsonaro, não esperou para ver e se refugiou nos Estados Unidos. Certa vez, o então senador, Arnon de Melo dissera aos seus filhos após o jantar: jamais arrumarem querela com os homens de saia: padre, juíz e promotor. Parece que Bolsonaro perdeu essa aula. Não pode brigar com quem vai te julgar, com quem te denuncia e encomenda tua alma. Arnon de Melo tinha razão ao orientar seus filhos para evitarem tal situação porque quem manda mesmo são os homens de saia.
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