O voto de Renan Calheiros (MDB-AL) pela aprovação do Marco Temporal das terras indígenas foi visto no Senado como um “gesto” do emedebista a colegas senadores de olho na sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Ao contrário da base do governo Lula, que votou majoritariamente contra a proposta, Renan seguiu a maioria da Casa e se posicionou a favor do PL, aprovado como uma “resposta” à “interferência” do STF em relação ao tema.
Na avaliação de aliados, Renan quis usar o voto como uma demonstração de que, embora seja aliado do Palácio do Planalto, defenderá primeiramente os interesses do Senado se eleito presidente da Casa.
O aceno seria destinado principalmente a senadores bolsonaristas e da oposição em geral, que têm como principal pauta de atuação legislativa hoje um enfrentamento em relação ao Supremo.
Como mostrou a coluna, Lula vetará parcialmente o projeto do Marco Temporal. Nas palavras de um ministro palaciano, “não será um veto total, mas será um veto bastante grande”.
Campanha em curso
Hoje, o principal adversário de Renan na disputa pela sucessão de Pacheco é Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que também vem se articulando nos bastidores em busca dos votos dos colegas.
Como noticiou a coluna, de olho na disputa, Alcolumbre deixou de votar no relatório final da CPMI do 8 de Janeiro, mesmo sendo titular da comissão, para não correr o risco de desagradar nem o governo, nem a oposição.
Fonte: Gustavo Zucchi / Metropoles
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