Não tem nada pior do que uma expectativa frustrada. Cotado para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, o deputado federal alagoano, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que nomeou Gleisi Hoffmann, para a pasta responsável pela articulação política do governo.
O deputado alagoano contava com o apoio do presidente da Câmara, Hugo Motta e do ex-presidente, Arthur Lira (PP-AL), mas a atuação da presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Hoffmann, na eleição do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi determinante para que o presidente Lula a escolhesse como ministra.
“Na hora H, quem bancou o PT a apoiar o Hugo foi ela”, disse um aliado próximo logo após o anúncio oficial de Lula sobre a decisão.
Na visão de auxiliares, a escolha de Gleisi passa pelo entendimento de Lula de que a deputada tem boas relações e entradas com nomes do Centrão para além do presidente da Câmara.
A aliados, Hugo Motta pediu para não criticarem Gleisi após a indicação à SRI justamente pela ajuda dela na eleição do presidente para o comando da Casa.
A escolha de Gleisi para comandar a articulação política do governo com o Congresso Nacional foi anunciada pelo Palácio do Planalto no início da tarde desta sexta-feira (28). Em nota, a Presidência informou que Lula se reuniu com a deputada nesta manhã para oficializar o convite. A posse da nova ministra está marcada para o dia 10 de março.
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