Tão natural quanto as correções feitas.
O ASA fez o seu pior primeiro tempo no Brasileiro da Série D contra o Lagarto. Tanto no aspecto individual, quanto coletivo. O conjunto em si esteve bem abaixo do normal.
A equipe do técnico Ranielle Ribeiro ficou presa na boa e agressiva marcação do time sergipano.
O Lagarto adotou o sistema com três zagueiros para a partida. Um 3-5-2 compacto e de linhas justas. No momento com a bola, seus alas avançavam para gerar amplitude e criar linhas de passes para os jogadores do meio-campo, ora com a bola longa invertida, ora com aproximação no centro das jogadas.
Além disso, a postura agressiva na fase defensiva dificultou as iniciações do ASA em todo o primeiro tempo. E quando o time alvinegro conseguia progredir, esbarrava na linha de cinco montada para diminuir as possibilidades pelos corredores através de uma boa compactação entre as linhas. Era um 5-4-1 onde a equipe arapiraquense não conseguia igualar ou ter superioridade numérica nas ações ofensivas. Em quaisquer que fossem os setores.
A dificuldade foi grande. O ASA pouco conseguia criar situações ou até mesmo progredir em transição. Foi um time lento. Os setores estavam espaçados, havia desencaixe sem a bola e pouca aproximação para gerar superioridade numérica na zona da bola.
No segundo tempo, um contraste. Ranielle Ribeiro trocou Sousa Tibiri por Guilherme Borges. O time melhorou, mas não apenas por esta opção de substituição.
O ASA teve mais volume de jogo desde o início. Houve mais aproximação entre suas linhas, o que propiciou a tão buscada superioridade numérica. O jogo encaixou. As aproximações funcionaram e as jogadas de bola invertida começaram a fluir.
A equipe do Lagarto mudou seu comportamento, já não fazia pressão na saída de bola alvinegra e sofreu. O time alvinegro tomou conta das ações no momento com a bola, sobretudo pelas correções na movimentação e preenchimentos espaços no meio-campo.
Através da melhora do nível de atuação e performance, o ASA criou e teve várias chances para abrir o placar. No entanto, não teve eficiência para finalizar em gol.
Fica o gosto de que poderia vir a vitória, obviamente. Especialmente pelos gols perdidos.
Foi um jogo de tempos distintos. E para mim, a oscilação é natural. Acontece e acontecerá normalmente durante o campeonato. A grande questão é o quanto o time terá o poder de correção e voltar ao nível de atuação para melhorar o rendimento.
Por isso, oscilar é normal. Só não pode se tornar costume.
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