
Deu PSG na final da Copa Intercontinental.
Fugindo das narrativas que glamourizam derrotas, vimos uma final de um time superior e outro que conseguiu suportar este fator através de uma boa estratégia montada pelo seu treinador.
Foi assim que o Flamengo conseguiu resistir ao Paris. Sem essa do "jogou de igual para igual" ou do "caiu em pé".
Dentro das ações, ficou evidente que em vários aspectos o time francês era superior. Especialmente no aspecto físico, de intensidade e agressividade. A rotatividade parecia ser diferente - e de fato era. Embora seu adversário fosse o melhor clube do Brasil e da América do Sul. Locais onde ele dominou o futebol em 2025.
Falando sobre o jogo, atualmente, o PSG tem o melhor gatilho de pressão e o melhor 'perde pressiona' do futebol mundial. Os encaixes nas saídas de bola dos adversários são executados com muita agressividade e intensidade. Além disso, quando estes saltos de pressão não funcionam, é um time que consegue se recompor com muita velocidade.
Fatores que não oferecem tantos espaços para seu oponente progredir ou contragolpear em velocidade utilizando transições. No entanto, embora exista esta característica, o time de Luís Henrique se incomoda quando é pressionado.
O Flamengo conseguiu forçar a saída de bola do clube parisiense, mas o desafio era ter regularidade e intensidade para ter esta ação o jogo todo. O que não aconteceu.
A equipe brasileira mudou sua forma de defender. O técnico Filipe Luís montou um 5-4-1 em blocos médio e baixo na fase sem a bola. A ideia foi proteger a frente da sua área, encaixotar o jogo por dentro do e fazer com que o adversário buscasse o jogo pelos corredores laterais.
Ainda que algumas jogadas de perigo tenham acontecido, especialmente pelo alto nível e qualidade do PSG, o Flamengo teve muita aplicação e organização tática, além do alto grau de concentração e competitividade de seus jogadores. O famoso "jogar de acordo com o que pede o jogo".
O time brasileiro jogou na margem de erro zero no tempo normal e na prorrogação - apesar de alguns erros naturais de uma decisão. Além de ter, em alguns momentos, colocado em prática sua maneira natural de jogar. Certamente o 1 a 1 dos 90 minutos ficou de bom tamanho para a proposta adotada.
E aí, vieram os pênaltis. Um pesadelo para o torcedor rubro-negro. De cinco cobranças, quatro foram desperdiçadas, com quatro boas defesas do goleiro do PSG. A competência de executar o plano durante o jogo deu lugar a ineficácia nas batidas dos penais.
Em resumo, o FLA segurou até o de deu. Resistiu até onde conseguiu, ampliando sua margem para as penalidades.
Mas mesmo assim deu PSG.

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