Lucro. Essa é a palavra que define o clássico de hoje.
CSA e ASA ficaram no 0 a 0 jogando no Estádio Rei Pelé, em partida válida pela 6ª rodada do Campeonato Alagoano. O empate pode ter encaminhado a classificação do Gigante. O time azulino já havia garantido vaga na semifinal.
A partida começou com um ritmo intenso, com as duas equipes fazendo um jogo franco. Gerando e cedendo espaços através das suas ações ofensivas.
O técnico Higo Magalhães trouxe outra configuração tática para o jogo. Escalou o time no 4-3-3, no entanto, com um volante e dois meias de criação (Álvaro e Brayann); além dos dois pontas com "pé invertido" (Cachoeira e Gustavinho) e um centroavante (Thiago Marques).
A ideia era ter mais circulação e mudança de posicionamento na fase com a bola. Os meia se aproximavam por dentro, os pontas fechavam mais no corredor central e os laterais tinham os corredores laterais livres. Estas movimentações confundiram a defesa do ASA que demorou para encaixar a marcação pelas beiradas.
O CSA aumentou seu repertório ofensivo. Conseguiu atacar pelos lados e por dentro. Contudo, não foi eficiente no momento de finalizar.
A equipe Alvinegra manteve o 4-2-3-1. A principal mudança foi o retorno do meia Sammuel. No mais, a configuração tática se manteve. Em alguns momentos, especialmente no primeiro tempo, o time alvinegro conseguiu confundir a defesa do CSA na movimentação de fora para dentro do Thiago Alagoano. Foi através desta jogada de aproximação que as melhores chances e contragolpes surgiram.
Ai chegou o segundo tempo. Em resumo: jogo de um time só.
O CSA atacava e o ASA defendia. A superioridade técnica foi explícita. O Azulão tinha a bola, volume de jogo, ganhava a primeira e segunda bola, fazia o perde pressiona, não deixava o Alvinegro sair jogando ou progredir suas jogadas. Entretanto, não transformou tudo isso em gol.
Então, embora tenha existido uma soberania técnica e tática do CSA, o ASA conseguiu segurar todo o ímpeto do seu adversário.
Por isso a palavra lucro. Diante do que foi o jogo, foi muito lucro. Por isso é necessário ligar o sinal de alerta para correções e ajustes, porque no maior desafio, em termos de dificuldade da temporada, o ASA pareceu uma presa fácil.
A "baliza zero" pode ser comemorada. Mas não dá para naturalizar a baixa performance do time no segundo tempo.
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