ReproduçãoRenan tem 41%, Gaspar 36,4% e Lira 34% na disputa ao Senado em Alagoas

A corrida pelo Senado em Alagoas começa a ganhar forma, e os primeiros números revelam uma disputa intensa. De acordo com levantamento do Paraná Pesquisas, divulgado nesta quarta-feira (22), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) aparece na liderança com 41% das intenções de voto, seguido de perto pelos deputados federais Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), com 36,4%, e Arthur Lira (PP-AL), que soma 34%.

Apesar da vantagem numérica, os três aparecem tecnicamente empatados, já que a margem de erro é de 2,6 pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento ouviu 1.504 eleitores em 62 municípios alagoanos entre os dias 17 e 21 de outubro, com nível de confiança de 95%.

Além dos três primeiros colocados, o estudo também testou os nomes do ex-deputado estadual Davi Davino Filho (Republicanos), que registrou 24,3%, e do deputado federal Paulão (PT-AL), com 15,9% das intenções de voto.

Cenário competitivo e indefinido

A proximidade entre os principais candidatos revela um ambiente eleitoral altamente competitivo. Renan, que busca manter sua influência política no estado, vê crescer à sua volta o espaço ocupado por Gaspar e Lira — ambos com forte presença no interior e base eleitoral consolidada na capital.

Analistas políticos apontam que o resultado confirma um empate técnico triplo, evidenciando que a disputa ainda está aberta e dependerá da articulação partidária e da capacidade de cada candidato em ampliar sua base de apoio nos próximos meses.

“Renan ainda é uma figura de grande peso em Alagoas, mas o desgaste natural e o surgimento de novas lideranças podem equilibrar o jogo”, avalia um cientista político ouvido pela reportagem.

Índices de rejeição

O levantamento também mediu o grau de rejeição dos nomes avaliados.

Segundo a pesquisa, Paulão lidera esse índice, com 27,3%, seguido por Renan Calheiros, com 26,9%. Em seguida aparecem Arthur Lira, com 21,1%, e Alfredo Gaspar, com 19,1%, o menor índice entre os quatro.

Outros 10,8% dos entrevistados afirmaram que não votariam em nenhum dos candidatos apresentados, enquanto 5,9% disseram não saber ou preferiram não opinar.

Esses números mostram que, embora Renan lidere nas intenções de voto, também enfrenta uma rejeição significativa, o que pode se tornar um desafio em uma disputa polarizada e de alta exposição pública.

Renovação no Senado e impacto local

Em 2026, o Senado Federal renovará dois terços de suas cadeiras, elegendo dois senadores por estado. Em Alagoas, a eleição promete ser uma das mais acirradas dos últimos ciclos, tanto pela força das lideranças locais quanto pela influência que o resultado poderá exercer sobre o cenário político nacional.

Com três dos principais nomes da política alagoana — Renan, Lira e Gaspar — em rota de colisão, a disputa se torna também um teste de forças entre grupos que há anos se alternam no comando do estado.

Além disso, a presença de Davi Davino e Paulão amplia o leque de opções para o eleitorado, podendo fragmentar votos e alterar o equilíbrio entre as principais campanhas.

Desafios e estratégias

O desafio agora, para cada candidato, é consolidar presença e ampliar sua aceitação.

Renan aposta na experiência e no discurso de estabilidade institucional. Gaspar tenta se firmar como alternativa de renovação dentro do campo conservador, enquanto Lira, com prestígio nacional e poder de articulação em Brasília, busca traduzir sua influência política em votos no estado.

Nos bastidores, o cenário também é de movimentação intensa. Partidos discutem alianças, testam nomes para as chapas proporcionais e observam de perto os efeitos da disputa sobre o governo estadual, que pode ter papel decisivo nas definições de 2026.

O que esperar daqui pra frente

Com mais de um ano até a eleição, a tendência é que novos levantamentos revelem oscilações conforme os pré-candidatos intensifiquem suas agendas e definam estratégias de comunicação.

Para o eleitorado alagoano, o desafio será escolher entre figuras de peso e projetos políticos distintos, em um cenário de alta competitividade e possíveis reviravoltas.

Ficha técnica:

Pesquisa Paraná Pesquisas, registrada sob o nº AL-04875/2025, realizada entre 17 e 21 de outubro de 2025, com 1.504 entrevistas em 62 municípios de Alagoas.

• Margem de erro: 2,6 pontos percentuais.

• Nível de confiança: 95%.

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