A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual de São Paulo, deflagraram nesta segunda-feira (17), a Operação Fato Oculto, que investiga a simulação de um atentado contra o então prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio, ocorrido em outubro de 2024. Ele natural de Palmeira dos Índios, Agreste de Alagoas e tio do prefeito de Minador do Negrão, Josias Aprígio.
Os agentes cumpriram dez mandados de busca e apreensão, tendo como alvos o ex-prefeito José Aprígio e outras nove pessoas, incluindo três secretários da gestão anterior: José Vanderlei (Transportes), Ricardo Rezende (Obras) e Valdemar Aprígio (Manutenção), além do sobrinho do ex-prefeito, Christian Lima Silva.
A operação prendeu temporariamente duas pessoas, incluindo Anderson da Silva Moura, conhecido como “Gordão”, irmão de Aprígio. Foram apreendidos ainda celulares, computadores, dinheiro e armas.
De acordo com a investigação, o objetivo da fraude era sensibilizar o eleitorado de Taboão da Serra e garantir a reeleição de Aprígio, que disputava o segundo turno com Engenheiro Daniel. Mesmo com o ataque, Aprígio não conseguiu se reeleger e perdeu a disputa.
Segundo a Polícia Civil, não há elementos, até o momento, que garantam que o ex-prefeito, derrotado nas eleições municipais de 2024, soubesse da armação do atentado. Quando foi atingido, Aprígio estava dentro de um carro blindado. A blindagem, no entanto, falhou, o que permitiu que o ex-prefeito tenha sido atingido.
Aprígio foi baleado no ombro quando estava em seu carro, mas há suspeitas que o suposto atentado tenha sido organizado por secretários da administração municipal.
Gilmar de Jesus Santos, suspeito de ser o atirador, foi preso ainda no ano passado. Um outro atirador e um comparsa estão foragidos.
Procurado pela imprensa paulista, a defesa do ex-prefeito disse "que foi surpreendida com o desdobramento das investigações". Afimou ainda que "em relação ao dinheiro apreendido, trata-se de quantia devidamente declarada em seu imposto de renda, e, portanto, de origem lícita".
Em nota à imprensa, o advogado do ex-prefeito, Allan Mohamed Melo Hassan, reiterou ainda a confiança no trabalho da Polícia Civil e no Ministério Público, e disse ter certeza de que "todos os responsáveis serão devidamente punidos, após o devido processo legal".
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