29/09/2024 14:16:18
Justiça
Justiça suspende júri de acusado de matar alagoana em São Paulo
Pai da vítima já tinha embarcado de ônibus de São José da Tapera, para acompanhar o julgamento
DivulgaçãoAlagoana Maria Carolina Almeida Vieira, 27 anos, que foi assassinada pelo marido em São Paulo
Todo Segundo

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP), acatou um recurso do réu e suspendeu na sexta-feira (27), o júri popular de José Albert de Menezes, 25 anos, acusado de assassinar a alagoana Maria Carolina Almeida, 27, que era sua companheira, e descartar o corpo em um bueiro, em Santa Bárbara d’Oeste, em outubro de 2023.

O júri estava marcado para esta segunda-feira (30), no Fórum local, e o pai da vítima, Arnaldo de Jesus Vieira já tinha embarcado de ônibus de São José da Tapera, em Alagoas, para acompanhar o júri. A nova data ainda não foi definida.

Arnaldo disse que já estava na cidade de Feira de Santana, no interior da Bahia, quando recebeu uma mensagem via WhatsApp do Ministério Público de São Paulo (MP/SP) informando sobre a suspensão para que pudesse cancelar a viagem. Na mensagem, a promotoria enfatizou que lamentava o ocorrido.

“Recebi a mensagem e fiquei muito triste e nervoso, pois não sabia o que fazer. Achei que finalmente poderia ter um alívio em tudo o que ocorreu na minha vida, porque tenho a fé de que ele [réu] seja condenado por tudo o que fez não só para a minha filha, mas para toda a família, e principalmente meus netos que nunca mais terão a presença da mãe”, desabafou.

“Durante a viagem já fiz amizade com os motoristas e agora vou ver se consigo uma maneira de voltar para casa. Se conseguir embarcar em outro ônibus na próxima parada consigo chegar em São José da Tapera, ainda no domingo, mesmo dia em que pretendia chegar em Santa Bárbara”, disse o pai da vítima.

José Albert foi preso enquanto trabalhava e confessou o crime. Em depoimento à polícia, ele disse que matou Maria Carolina por desconfiar de uma suposta traição. Se condenado, ele vai responder por feminicídio e ocultação de cadáver, já que escondeu o corpo na galeria pluvial.

O crânio da vítima foi encontrado no mês de junho deste ano, por funcionários de uma concessionária de gás. A cabeça estava em uma caixa de telefonia dentro do mesmo bueiro, no cruzamento entre as ruas do Chá e do Couro.

O advogado Gustavo Mayoral, que representa o réu, afirmou que a defesa entrou com recurso uma vez que a justiça local havia negado a produção de provas solicitadas pela defesa para apresentar aos jurados.

“Em decisão pelo TJ, os pedidos de liminar foram atendidos, sendo um destes a suspensão do Tribunal do Júri que seria realizado no dia 30”, concluiu.

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