22/01/2015 09:19:06
Justiça
Justiça nega liberdade a advogado acusado de facilitar fuga de presos
Gustavo Alves de Andrade foi preso no último dia 14, suspeito de ajudar na fuga de quatro reeducados do presídio Baldomero Cavalcanti
AssessoriaJustiça nega liberdade a advogado acusado de facilitar fuga de presos
Todo SegundoDa Assessoria

O juiz Carlos Henrique Pita Duarte, titular da 3ª Vara Criminal de Maceió, manteve a prisão preventiva do advogado Gustavo Alves de Andrade, acusado de facilitar a fuga de quatro detentos do presídio Baldomero Cavalcanti, no início deste mês, na Capital. O pedido de revogação da prisão do réu foi negado pelo magistrado a fim de garantir a ordem pública.

“Deixar o acusado em liberdade significa, neste momento, no mínimo, incentivá-lo a cometer outro crime da mesma espécie, vez que, como já explicitado na decisão que homologou o flagrante, ainda haveria de ser facilitada a fuga de outros presos do presídio onde ocorreu o delito”, explicou o juiz.

Ainda de acordo com o magistrado, caso o pedido de revogação da prisão fosse deferido, Gustavo Alves poderia prejudicar o depoimento de testemunhas importantes para o esclarecimento do caso, o que impediria o andamento do processo. Na decisão, o juiz considerou também, em desfavor do réu, o fato de os detentos ainda estarem foragidos.

A defesa alegou que não existem fundamentos para a prisão preventiva de Gustavo Alves e solicitou que o advogado seja posto em liberdade, sendo aplicadas medidas cautelares diversas do cárcere. Porém, para o juiz, a materialidade dos crimes está “indiscutivelmente” provada por meio dos depoimentos colhidos no processo, suficientes para a prisão do réu.

“Os indícios da autoria são mais que suficientes para a decretação da prisão preventiva. Além disso, o acusado merece, com o crime praticado, um reprimenda exemplar que possa levá-lo a pensar em não mais delinquir”, afirmou Carlos Henrique Pita.

O crime

O advogado Gustavo Alves foi preso em flagrante no último dia 14, no sistema prisional Baldomero Cavalcanti, após a fuga dos quatro detentos, sob posse de um aparelho celular com mensagens suspeitas. Em seguida à voz de prisão na penitenciária, o réu foi conduzido para a Central de Polícia e permanece preso até o momento.

De acordo com a polícia, uma das mensagens suspeitas era de uma mulher que, supostamente, intermediava um dos fugitivos, fazendo referência à quantia no valor de R$ 150 mil. Nas conversas encontradas no aparelho, o advogado a responde via celular que “não é adequado falar por aqui”, encaminhando a pessoa para seu escritório. Em outro diálogo, Gustavo Alves informa ainda que “não vai dar para tirar todo mundo hoje”.

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