AssessoriaJustiça nega liberdade a advogado acusado de facilitar fuga de presos Todo SegundoDa AssessoriaO juiz Carlos Henrique Pita Duarte, titular da 3ª Vara Criminal de Maceió, manteve a prisão preventiva do advogado Gustavo Alves de Andrade, acusado de facilitar a fuga de quatro detentos do presídio Baldomero Cavalcanti, no início deste mês, na Capital. O pedido de revogação da prisão do réu foi negado pelo magistrado a fim de garantir a ordem pública.
“Deixar o acusado em liberdade significa, neste momento, no mínimo, incentivá-lo a cometer outro crime da mesma espécie, vez que, como já explicitado na decisão que homologou o flagrante, ainda haveria de ser facilitada a fuga de outros presos do presídio onde ocorreu o delito”, explicou o juiz.
Ainda de acordo com o magistrado, caso o pedido de revogação da prisão fosse deferido, Gustavo Alves poderia prejudicar o depoimento de testemunhas importantes para o esclarecimento do caso, o que impediria o andamento do processo. Na decisão, o juiz considerou também, em desfavor do réu, o fato de os detentos ainda estarem foragidos.
A defesa alegou que não existem fundamentos para a prisão preventiva de Gustavo Alves e solicitou que o advogado seja posto em liberdade, sendo aplicadas medidas cautelares diversas do cárcere. Porém, para o juiz, a materialidade dos crimes está “indiscutivelmente” provada por meio dos depoimentos colhidos no processo, suficientes para a prisão do réu.
“Os indícios da autoria são mais que suficientes para a decretação da prisão preventiva. Além disso, o acusado merece, com o crime praticado, um reprimenda exemplar que possa levá-lo a pensar em não mais delinquir”, afirmou Carlos Henrique Pita.
O crimeO advogado Gustavo Alves foi preso em flagrante no último dia 14, no sistema prisional Baldomero Cavalcanti, após a fuga dos quatro detentos, sob posse de um aparelho celular com mensagens suspeitas. Em seguida à voz de prisão na penitenciária, o réu foi conduzido para a Central de Polícia e permanece preso até o momento.
De acordo com a polícia, uma das mensagens suspeitas era de uma mulher que, supostamente, intermediava um dos fugitivos, fazendo referência à quantia no valor de R$ 150 mil. Nas conversas encontradas no aparelho, o advogado a responde via celular que “não é adequado falar por aqui”, encaminhando a pessoa para seu escritório. Em outro diálogo, Gustavo Alves informa ainda que “não vai dar para tirar todo mundo hoje”.